Símbolo de identidade gastronômica do Pará, o chibé é uma preparação de origem indígena que atravessa gerações preservando simplicidade, sabor e memória cultural. Feito essencialmente de farinha de mandioca misturada com água, o prato continua presente no cotidiano das comunidades ribeirinhas, nas feiras e até nas mesas urbanas, servindo tanto como refresco quanto como acompanhamento ou refeição leve.
Raízes e simplicidade
Considerado um dos alimentos mais antigos da Amazônia, o chibé foi, por muito tempo, o sustento de povos indígenas e trabalhadores rurais. A versão tradicional — também chamada de chibé base — exige apenas dois ingredientes: farinha de mandioca e água gelada. A farinha mais usada é a d’água, típica da região, conhecida pelo sabor levemente ácido, ou a farinha biju, mais seca e crocante.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Bananas duram mais quando guardadas no lugar correto
- Barraca da Fafá detona tacacá gourmet de Virgínia
Chibé Tradicional
Ingredientes
- Farinha de mandioca (farinha d’água ou biju)
- Água gelada
Modo de preparo
- Em uma tigela ou cuia, coloque a quantidade desejada de farinha.
- Adicione água gelada aos poucos, mexendo para que a farinha hidrate e inche.
- Ajuste a consistência conforme o gosto: mais cremosa ou mais líquida, lembrando um mingau ralo.
- Consuma imediatamente, como lanche, refresco ou acompanhamento de pratos salgados.
Variações paraenses: sabor e criatividade
Embora o chibé tradicional seja a base da preparação, no Pará ele costuma ganhar versões mais elaboradas, especialmente em comunidades pesqueiras. Camarão, peixe e temperos frescos transformam a mistura simples em um prato substancial, muito apreciado em dias quentes.
Possíveis ingredientes adicionais
- Camarão seco ou cozido (sem casca)
- Pedaços de peixe cozido
- Tomate picado
- Cebola picada
- Pimenta-de-cheiro ou dedo-de-moça
- Suco de limão
- Sal a gosto
- Azeite de oliva
Modo de preparo da variação
- Prepare o chibé base e reserve.
- Em um recipiente, faça um vinagrete misturando tomate, cebola, pimenta, azeite, sal e limão.
- Acrescente o camarão ou o peixe ao vinagrete.
- Junte a mistura temperada ao chibé somente na hora de servir, garantindo frescor e textura.
Uma tradição que se reinventa
Versátil e adaptável, o chibé mantém sua essência mesmo quando ganha novos ingredientes. Para muitos paraenses, ele é mais do que um alimento: é um elo com a ancestralidade indígena, um hábito que atravessa o tempo e permanece cotidiano — seja na beira do rio, nas feiras ou nas casas que preservam a culinária local.
Quer mais notícias virais? Acesse nosso canal no WhatsApp
Simples, nutritivo e refrescante, o chibé segue como um clássico da cultura amazônica, lembrando que, na cozinha, o essencial também pode ser marcante.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar