
Ao longo dos anos, a moda passou por várias fases com os mais diversos tecidos e matérias primas. Por isso, as vestimentas ajudam a contar a história de diferentes civilizações.
Durante escavações na necrópole de Tarkhan, no sul do Cairo, em 1913, o arqueólogo e egiptólogo britânico Sir Flinders Petrie fez uma descoberta que entraria para a história da arqueologia: um vestido de mais de cinco mil anos, considerado hoje a roupa de tecido mais antiga já identificada.
Conhecido como Vestido de Tarkhan, a peça é uma túnica de linho que atualmente integra o acervo do Museu Petrie de Arqueologia Egípcia, em Londres. De acordo com datações por radiocarbono, o vestido foi confeccionado por volta de 3.100 a.C., período que marca a transição entre o final da era pré-dinástica e o início do Egito dinástico, quando os primeiros faraós unificaram o território.
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Apesar dos danos causados pelo tempo, é possível observar detalhes surpreendentes na peça, como um sofisticado trabalho de pregas nas mangas, conhecido como plissado. Grande parte do linho original se deteriorou, e, para garantir a preservação, foram adicionados tecidos transparentes que sustentam os fragmentos remanescentes.
O vestido foi encontrado em uma tumba que, segundo os arqueólogos, já havia sido saqueada há muito tempo — uma situação comum em escavações no Egito. Curiosamente, os ladrões ignoraram o valor do tecido de linho, deixando a peça para trás.
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Na época da descoberta, o próprio Flinders Petrie não percebeu a relevância do achado. A túnica permaneceu armazenada no museu por décadas até ser analisada mais detalhadamente nos anos 1970, quando os testes confirmaram sua importância como o vestuário de tecido mais antigo do mundo.
Por conta dos danos, não é possível determinar exatamente o tamanho da peça. No entanto, os especialistas acreditam que ela foi feita para uma adolescente ou uma mulher de baixa estatura, considerando suas proporções.
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