
A ingestão de água é fundamental para o bom funcionamento do organismo, mas, assim como qualquer substância, seu excesso pode ser prejudicial, levando ao quadro conhecido como intoxicação por água ou hiponatremia.
Este problema de saúde ocorre quando há uma redução da concentração de sódio no sangue associada à ingestão exagerada de água pura.
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Hiponatremia
O desequilíbrio causado pela hiponatremia provoca o inchaço das células cerebrais, resultando em sintomas que variam de confusão mental até, em situações mais graves, coma, convulsões e sonolência.
A hiponatremia geralmente se manifesta quando a pessoa perde uma quantidade significativa de sódio — seja por vômitos, diarreia, suor intenso ou atividade física prolongada — e tenta se reidratar de maneira muito rápida, consumindo apenas água.
Como o corpo não consegue eliminar o excesso de líquido pela urina na mesma velocidade, o sangue se dilui e o cérebro absorve mais líquido do que deveria. Com o cérebro sofrendo a sobrecarga e tentando equilibrar o que foi diluído, os sintomas podem se assemelhar a um estado de embriaguez, incluindo confusão mental e dificuldade de raciocínio.
Apesar de ser um problema raro, a intoxicação por água pode afetar atletas de resistência, praticantes de esportes intensos e aqueles que seguem modismos de "hidratação extrema".
No entanto, a maioria das pessoas saudáveis tolera bem volumes maiores de água, desde que o consumo seja distribuído ao longo do dia e os rins estejam funcionando corretamente. O risco é maior em crianças e em indivíduos com função renal comprometida.
A quantidade ideal de água que o corpo necessita varia conforme o peso corporal, o nível de atividade física, o clima e a alimentação. Uma forma prática de estimar a necessidade diária para um adulto é multiplicar 35 mililitros por quilo de peso — por exemplo, uma pessoa de 70 kg precisaria de aproximadamente 2,5 litros por dia.
Outra dica é observar a cor da urina: o ideal é que ela seja amarela clara; urinas quase transparentes podem indicar um consumo excessivo. O mais importante, contudo, é sempre ouvir o próprio corpo, hidratando-se bem, mas respeitando os limites naturais.
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