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COP30

Palestra sobre reflorestamento sustentável de cacau e açaí lota estande da Alepa

A palestra sobre Reflorestamento Sustentável do Cacau e Açaí na COP30 destaca a importância da cacauicultura para o desenvolvimento sustentável do Pará.

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Imagem ilustrativa da notícia Palestra sobre reflorestamento sustentável de cacau e açaí lota estande da Alepa camera Trabalhos foram conduzidos pelo presidente da CCJRF, o deputado Eraldo Pimenta | Celso Lobo/AID Alepa

A tarde desta sexta-feira (14) na COP30, em Belém, foi marcada por um dos eventos mais concorridos do estande da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A palestra “Reflorestamento Sustentável do Cacau e Açaí”, iniciativa do deputado estadual Eraldo Pimenta (MDB), atraiu um grande público e se tornou um dos painéis mais procurados de toda a programação, destacando o papel da produção amazônica na preservação ambiental. A tônica foi clara: cacau é desenvolvimento sustentável, é floresta de pé e é futuro econômico para o Pará e o Brasil.

Cacau como símbolo de sustentabilidade

Ao abrir o painel, o deputado Eraldo Pimenta destacou a relevância da cacauicultura na economia paraense e na pauta ambiental mundial. Segundo ele, o Pará vive um momento histórico ao liderar a produção nacional de cacau, com impacto direto na geração de renda e na preservação ambiental.

“Quem cuida do bioma amazônico é o produtor que planta árvore, o agricultor que mantém a floresta viva. Nosso cacau é árvore em floresta de pé. Essa é a nossa defesa”, afirmou Pimenta, ressaltando que o modelo agroflorestal permite produzir, gerar renda e proteger o meio ambiente ao mesmo tempo.

O parlamentar também criticou a postura de países desenvolvidos que, segundo ele, já exauriram seus recursos naturais e agora cobram dos países amazônicos uma responsabilidade ambiental que não assumem financeiramente. “Se querem falar de clima, que cumpram o que devem desde o Protocolo de Kyoto e apoiem quem mantém a floresta viva”, disse.

CONTEÚDO RELACIONADO:

Setor comemora revogação da Instrução Normativa 125

Um dos temas mais celebrados durante o painel foi a recente revogação da Instrução Normativa 125/2021, que flexibilizava a entrada de cacau importado com menor rigor fitossanitário — medida que, segundo os produtores, colocava em risco a lavoura nacional.

A mobilização contou com forte atuação do deputado Eraldo Pimenta, além de entidades do setor produtivo.

“Essa união entre produtores, parlamentares e instituições foi fundamental. A flexibilização colocava em risco a cacauicultura brasileira. A revogação foi uma vitória de todos”, afirmou Raimundo Silva, diretor comercial da Cepotex e vereador de Uruará.

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Cacau: cultura do bioma e motor econômico

Eunice Gutzeit, vice-presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), reforçou o papel do cacau como espécie nativa do bioma amazônico e como cultura fundamental para o desenvolvimento social e ambiental da região.

“O cacau é agrofloresta por essência. Ele gera renda para a agricultura familiar, recicla carbono e é sustentável em todos os seus pilares. Precisamos de políticas públicas que valorizem quem produz”, afirmou.

Eunice Gutzeit lembrou a trajetória do pai que a ajudou na construção do que sabe hoje
📷 Eunice Gutzeit lembrou a trajetória do pai que a ajudou na construção do que sabe hoje |Celso Lobo/AID Alepa

Eunice também contou parte de sua história familiar com a cultura, iniciada com seu pai, pioneiro na Transamazônica na década de 1970. Hoje, ela segue a missão de fortalecer a cadeia produtiva e ampliar sua valorização em nível nacional.

Pará lidera produtividade e avança em sistemas agroflorestais

Raul Guimarães, superintendente regional da CEPLAC no Pará e Amazonas, apresentou dados que reforçam o protagonismo do estado na produção nacional.

Segundo ele, o Pará é o maior produtor de cacau do Brasil; tem a maior produtividade por hectare do mundo; planta entre 8 a 10 mil hectares por ano; distribui de 13 a 15 milhões de sementes híbridas anualmente; incorpora 1.200 novos agricultores à cadeia produtiva todos os anos.

Guimarães enfatizou ainda que todo o processo de expansão da cacauicultura no estado respeita o Código Florestal e prioriza áreas já alteradas, contribuindo para a regeneração ambiental.

“Estamos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O sistema agroflorestal do cacau é rentável, resiliente, produtivo e regenerativo. É um dos modelos mais eficientes para enfrentar as mudanças climáticas”, completou.

Cacau e açaí: os pilares da economia verde paraense

O painel reforçou que cacau e açaí fazem parte do futuro da economia amazônica, reunindo atributos econômicos, sociais e ambientais. Para o deputado Eraldo Pimenta, esse é o momento do Pará mostrar ao mundo que é possível produzir, preservar e prosperar.

“A Amazônia não é obstáculo. É solução. E o Pará está mostrando isso na prática”, concluiu o parlamentar, sob aplausos do público que lotou o estande da Alepa.

Ao final, o público presente foi presenteado com mudas de açaí e cacau além de kits contendo chocolates distribuídos por uma empresa com fabricação local.

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