Glossário: termos e siglas que você precisa saber sobre a COP30

A Conferência das Partes (COP) é o principal fórum internacional sobre mudanças climáticas, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

As discussões envolvem termos e siglas técnicos, usados para definir compromissos, mecanismos financeiros e estratégias de mitigação e adaptação. A seguir, estão os principais conceitos utilizados nas negociações climáticas.

Acordo de Paris – tratado global firmado em 2015, durante a COP21, com o objetivo de limitar o aquecimento global e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Adaptação – conjunto de medidas adotadas para reduzir a vulnerabilidade de comunidades e ecossistemas diante das mudanças climáticas.

Artigo 6 – parte do Acordo de Paris que estabelece regras de cooperação internacional para redução de emissões por meio da comercialização de créditos de carbono.

Agenda de Ação – mecanismo que integra compromissos assumidos por governos, empresas e organizações à execução de ações concretas relacionadas à mitigação e adaptação climática.

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs) – instituições financeiras que apoiam países em desenvolvimento na criação de políticas e projetos de mitigação e adaptação.

Baku to Belém Roadmap – plano que conecta as metas de financiamento climático da COP29, em Baku, às da COP30, em Belém, prevendo a mobilização de US$ 1,3 trilhão por ano até 2035.

BTR (Relatórios Bienais de Transparência) – documentos que os países signatários do Acordo de Paris apresentam a cada dois anos, informando avanços nas políticas climáticas e emissões.

COP (Conferência das Partes) – reunião anual que reúne os 198 países que integram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Compromisso de Sevilha – iniciativa para tornar o sistema financeiro global mais acessível, reduzir dívidas e incentivar instrumentos financeiros voltados à sustentabilidade.

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Contagem dupla – ocorre quando dois países reivindicam crédito pela mesma redução de emissões, distorcendo o balanço global. O Artigo 6 busca evitar esse tipo de prática.

Economia de baixo carbono – modelo de desenvolvimento que reduz emissões de gases de efeito estufa, promovendo o uso de energias limpas e eficiência no consumo de recursos.

Emissões líquidas zero (Net Zero) – meta de equilíbrio entre a quantidade de gases emitidos e a removida da atmosfera, prevista até 2050.

Financiamento climático – recursos públicos e privados destinados a apoiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Governança climática – conjunto de políticas e processos que coordenam ações globais e nacionais para enfrentar os efeitos do clima.

GCF (Fundo Verde para o Clima) – fundo internacional criado para apoiar países em desenvolvimento na implementação de políticas de mitigação e adaptação.

GGA (Meta Global de Adaptação) – compromisso do Acordo de Paris que visa fortalecer a capacidade de adaptação e reduzir vulnerabilidades climáticas.

GST (Balanço Global) – mecanismo de avaliação periódica do progresso dos países na implementação do Acordo de Paris.

HLCC (Campeões de Alto Nível do Clima) – representantes nomeados em cada COP para articular ações entre governos e sociedade civil.

IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) – órgão científico da ONU criado em 1988, responsável por avaliar e divulgar informações sobre as mudanças climáticas.

JTWP (Programa de Trabalho de Transição Justa) – conjunto de políticas que apoiam países na transição para economias de baixa emissão, com foco na inclusão social.

Livro de Regras de Paris – diretrizes para a aplicação prática do Acordo de Paris, definindo como os países devem cooperar para atingir metas climáticas.

LTS (Estratégia Climática de Longo Prazo) – documento no qual os países apresentam planos para alcançar emissões líquidas zero e limitar o aquecimento global.

Mitigação – ações voltadas à redução ou remoção de gases de efeito estufa.

Mercado de carbono – sistema que permite a compra e venda de créditos de carbono, equivalentes à redução de uma tonelada de CO₂.

NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) – planos apresentados pelos países ao Acordo de Paris, com metas de redução de emissões e adaptação.

NCQG (Nova Meta Quantificada Coletiva) – proposta de nova meta financeira internacional para apoiar países em desenvolvimento.

Parte – país ou bloco econômico que integra tratados como a UNFCCC ou o Acordo de Paris.

Perdas e danos – impactos das mudanças climáticas que não podem ser evitados ou compensados, como o desaparecimento de ecossistemas ou comunidades.

Presidência da COP – país responsável por conduzir as negociações e representar o encontro internacional durante cada edição.

Retirada – processo formal de saída de um país do Acordo de Paris.

Resiliência climática – capacidade de sistemas naturais e humanos de resistir e se recuperar dos impactos climáticos.

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SBs (Órgãos Subsidiários) – grupos técnicos que apoiam a execução e a revisão de decisões tomadas durante as conferências.

TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre) – mecanismo que recompensa financeiramente países que mantêm suas florestas preservadas.

UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) – tratado internacional de 1992 que orienta a cooperação global para estabilizar as emissões de gases de efeito estufa.