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Do mel à polinização: abelhas no Pará geram renda e protegem a Amazônia

Espécies de abelhas com e sem ferrão garantem renda e sustentabilidade, enquanto produtores recebem incentivo para fortalecer a cadeia produtiva.

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Imagem ilustrativa da notícia Do mel à polinização: abelhas no Pará geram renda e protegem a Amazônia camera Produtores de abelhas recebem apoio da Sedap e da Adepará para fortalecer a apicultura e a meliponicultura no Pará. | Mateus Costa/Ascom Sedap

No calor da rotina amazônica, quase invisíveis, elas voam de flor em flor, silenciosas arquitetas de uma rede que sustenta a vida e a agricultura. Abelhas, minúsculas no tamanho, mas gigantes na importância, são o elo fundamental para a produção de alimentos e para a manutenção da biodiversidade no Pará. Nesta sexta-feira (3), celebrando o Dia Nacional das Abelhas, destaca-se a relevância desses pequenos insetos, cuja atividade garante não apenas o mel, mas também uma série de produtos derivados, como própolis, pólen, geleia real e até sabonetes.

No estado, a produção anual de mel chega a 746 toneladas, gerando receita de R$ 16,24 milhões, e se espalha por todas as regiões, com destaque para o nordeste paraense. Municípios como São João de Pirabas e áreas vizinhas se beneficiam da Indicação Geográfica do mel, um reconhecimento que valoriza o trabalho dos produtores locais.

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"A Sedap está sempre buscando recursos para trabalhar ainda mais as comunidades. Nessa valorização do produtor de abelha, estamos trabalhando a IG do mel em São João de Pirabas e municípios adjacentes. Um trabalho que vem de outra coordenação em parceria com a nossa, para que a valorização desses produtos seja ainda maior", afirma Ândrio de Andrade, coordenador da Copan.

MELIPONICULTURA PERIURBANA

Próximo à capital, em Ananindeua, o meliponicultor Rubens Franco mantém uma propriedade de quatro hectares onde desenvolve a meliponicultura periurbana. "Quem gosta de abelha, gosta, independente se ela produz ou não o mel. A abelha está sempre nas minhas horas de felicidade e também de tristeza, que são menos, mas existem. Quando você abre uma caixa e sente o aroma, que maravilha. Quando você colhe o mel, fica feliz. É significativo", conta Franco, que cria espécies com e sem ferrão, como uruçu-amarela, canudo e "olho-de-vidro".

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Além do mel, abelhas produzem própolis, geleia real, pólen e derivados que geram renda e valorizam a biodiversidade amazônica.
📷 Além do mel, abelhas produzem própolis, geleia real, pólen e derivados que geram renda e valorizam a biodiversidade amazônica. |Mateus Costa/Ascom Sedap

Além da produção de mel, o manejo adequado das abelhas sem ferrão contribui para a polinização de diversas plantas frutíferas e ornamentais, como cupuaçu, maracujá, cacau e açaí. A dedicação do meliponicultor também inclui o cuidado com o posicionamento das caixas e a divisão estratégica das colônias para reduzir a competição entre as abelhas e garantir a produção.

APOIO AOS CRIADORES DE ABELHAS

A Sedap e a Adepará apoiam formalmente os criadores de abelhas por meio de programas de cadastramento, ações de educação sanitária e monitoramento de pragas e doenças. O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva, ampliar mercados e garantir a sustentabilidade da atividade.

"Quem dera que tivesse essa iniciativa por outros moradores da região, tendo as abelhas no seu quintal, tanto para trabalhar o manejo quanto a produção. Para falar de abelhas, é importante levar em consideração as pessoas que estão por trás, fazendo o trabalho. É preciso entender a dinâmica de cada espécie de abelha e a biologia, e isso a gente encontrou aqui", observa Andrade.

Pequenas, mas poderosas: abelhas garantem polinização, produção de mel e renda no Pará.
📷 Pequenas, mas poderosas: abelhas garantem polinização, produção de mel e renda no Pará. |Mateus Costa/Ascom Sedap

Além da polinização e do mel, as abelhas exemplificam organização social, eficiência e sustentabilidade. Uma única Apis mellifera visita cerca de 7 mil flores por dia, sendo necessárias aproximadamente 4 milhões de visitas para produzir um quilo de mel. Já as abelhas sem ferrão reciclam cera e constroem ninhos resistentes e impermeáveis, demonstrando a importância da conservação ambiental e do conhecimento tradicional aliado à ciência.

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