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EDUCAÇÃO

Salas de leitura agora contam com professores em Belém

Descubra como a presença de professores de leitura nas escolas de Belém está transformando a experiência das crianças com a literatura desde a Educação Infantil.

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Imagem ilustrativa da notícia Salas de leitura agora contam com professores em Belém camera O principal objetivo da iniciativa é incentivar o gosto pela leitura desde os primeiros anos escolares. | (Mayara Coqueiro/Agência Belém)

A leitura é uma dos principais caminhos para a descoberta de novas histórias, visão de mundo e viagem sem sair do lugar. Por isso, incentivá-la colabora com o desenvolvimento educacional desde o começo da vida.

Belém vive um importante momento na Rede Municipal de Educação: pela primeira vez, as escolas da Educação Infantil contam com professores de sala de leitura. Os profissionais, aprovados em PSS, foram convocados pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec) para atuar nas escolas de Ensino Infantil, com o principal objetivo de incentivar o gosto pela leitura desde os primeiros anos escolares.

Segundo a coordenadora de Educação Infantil da Semec, Nicole Di Pietro, o impacto pedagógico é significativo. “A presença desses profissionais muda completamente a experiência das crianças com a leitura. A contação de histórias deixa de ser algo esporádico e passa a ser estruturada, planejada, conectada com o desenvolvimento infantil. E os professores regentes também ganham espaço para planejar melhor”, explica.

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Para preparar bem os novos profissionais na atuação com as crianças, a Semec promoveu formações específicas, focadas em mediação de leitura e nas metodologias voltadas à infância. Além disso, foram distribuídos dois mil kits de livros literários para as salas de leitura da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, além de 50 novos títulos por escola, como parte do programa Pró-Leitura Belém, por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada em parceria com a Fundação Itaú Social.

Na Escola Jaime Teixeira, no bairro do Tenoné, a professora de sala de leitura Stela Shene assumiu a função com entusiasmo. Foi ela, junto com os demais professores que, neste ano, concretizaram o projeto ‘Piquenique Literário – Ler, brincar e interagir pelo mundo da leitura’. Por meio dele, a escola se transforma num palco de encantamento e descobertas. Histórias lendárias saem de um baú para ganhar vida no imaginário das crianças. Sombrinhas coloridas cobrem a quadra e olhos atentos acompanham cada palavra lida em voz alta.

“No início do projeto, fizemos a boneca Emília sair de dentro do baú. Era um símbolo de que aquele espaço de imaginação estava vivo de novo. Desde então, cada encontro com as crianças é uma viagem diferente pela literatura”, conta a professora Stela.

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As atividades são pensadas de forma integrada com toda a comunidade escolar. “O projeto é construído junto com a gestão, as regentes, e até com as merendeiras e ASGs. A gente faz um trabalho coletivo. Além da biblioteca, também levamos a leitura para a sala de referência e para a área da mangueira, um espaço acolhedor e ao ar livre que ajuda a tornar esse momento ainda mais especial”, explica Stela.

As obras escolhidas sempre são voltadas para o cotidiano paraense e valorizando as literaturas dos artistas locais. Como é o caso da “Chuvas do meu Pará”, de Beto Siqueira, e “Lá vem ela”, de Humberto Baía, dois livros que dialogam com o cotidiano, o clima e o imaginário amazônico. O Curupira foi o personagem escolhido para sair do baú, com direito a encenação e materiais sensoriais reutilizáveis.

“Queríamos envolver nossas crianças desde o berçário com a literatura, mas de um jeito prazeroso, não preso à sala de referência. O Piquenique Literário traz esse respiro, essa ludicidade. E ao longo do ano, o projeto ganha novos formatos, como: a Sacola Literária, o Teatro de Fantoches e até o ‘Abra este Livro’, que estimula a leitura em família”, explica.

Já para a professora Regiane Rayol, que atua no Maternal I, o projeto de ter um professor de leitura trouxe um ganho concreto no cotidiano escolar. “Com a chegada desse profissional, além de termos alguém que trabalha exclusivamente a leitura, nós, regentes, ganhamos tempo para planejar. Isso faz toda a diferença. E as crianças estão mais envolvidas, mais curiosas, já reconhecem a ‘tia da história’ e esperam por ela com alegria”, compartilha.

A pequena Vick Rafaelle Castro, de 4 anos, é uma dessas crianças encantadas com o projeto de leitura. “O jaguara estava passeando na floresta, e o tatu pegou o olho dele. Aí, o passarinho ajudou dando uma semente. Eu aprendi que devemos cuidar dos animais”, disse, segurando um dos livrinhos com carinho.

Com crianças do Berçário ao Jardim II participando ativamente das atividades, a proposta vem mostrando que a leitura na infância vai além das palavras: ela é gesto, som, afeto, movimento e descoberta. “Quando a leitura é feita com o corpo inteiro, com o olhar, com o toque, com o brincar, ela deixa de ser só um conteúdo e vira uma experiência. É isso que estamos construindo com esse projeto”, finaliza Stela Shene.

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