
A violência contra a pessoa idosa no Pará apresentou uma redução de 7,6% entre janeiro e maio de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), foram registrados 132 chamados relacionados ao tema neste ano, contra 143 no mesmo intervalo de 2024.
A Polícia Civil do Pará alerta que a violência contra idosos pode se manifestar de diversas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial, além de negligência ou abandono. Essas agressões podem ocorrer tanto no ambiente familiar quanto em instituições ou locais públicos, exigindo uma vigilância constante da sociedade.
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Vulnerabilidade e sinais de alerta
A delegada Emanuela Amorim, da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis, ressalta que fatores como limitações físicas, baixa escolaridade e perda de memória aumentam a vulnerabilidade dos idosos. Segundo ela, grande parte dos casos ocorre dentro do próprio núcleo familiar. “O crescimento no número de denúncias também demonstra que a população está mais consciente e disposta a procurar ajuda”, afirma.
Entre os principais sinais de violência estão o isolamento social, má higiene, desnutrição, falta de cuidados médicos e uso indevido de recursos financeiros do idoso. “É comum que vizinhos percebam sinais de abandono ou o uso irregular da aposentadoria por parte de parentes próximos”, explica Amorim.
A delegada Vanessa Macedo, titular da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa (DPID), destaca que os crimes mais frequentes são estelionato, desvio de proventos, maus-tratos, lesão corporal e abandono. “Muitas vezes, os agressores são filhos, netos ou cuidadores, o que torna a situação ainda mais delicada. A ampliação do acesso à informação e à nossa estrutura tem impulsionado as denúncias, o que é positivo, mas também revela um cenário que ainda exige muita atenção, especialmente na Região Metropolitana de Belém”, alerta.
Idosos que vivem sozinhos, possuem deficiência física ou cognitiva, ou que dependem financeiramente de familiares estão entre os mais vulneráveis. Mudanças de comportamento, medo de determinadas pessoas, lesões inexplicáveis, más condições de higiene, falta de medicamentos e movimentações bancárias atípicas são sinais de possíveis agressões.
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Canais de denúncia e ações de conscientização
O enfrentamento à violência contra a pessoa idosa conta com o apoio de uma rede de proteção. Casos suspeitos podem ser denunciados de forma anônima por meio dos canais Disque 100 e Disque 181, além de serem comunicados à Defensoria Pública, Ministério Público, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
A Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa, localizada na Rua Domingos Marreiros, nº 2019, no bairro de Fátima, em Belém, também realiza atendimento presencial.
Com o objetivo de ampliar a conscientização da população, a Polícia Civil do Pará irá divulgar nas redes sociais uma série de cards informativos abordando os tipos de violência contra idosos e os canais disponíveis para denúncia. A iniciativa reforça o compromisso do Estado com a prevenção e a proteção dos direitos da pessoa idosa.
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