As forças de segurança do Pará se preparam para garantir a tranquilidade nas eleições municipais de 2024, que ocorrerão em todos os 144 municípios do estado. Nesta quinta-feira (03), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) apresentou o esquema de “Operação Eleição 2024” para o pleito, mobilizando mais de 8,8 mil agentes das esferas federal, estadual e municipal. A operação, que conta com integração das polícias Militar, Civil, Científica, Corpo de Bombeiros, além de agentes municipais e federais, tem como objetivo assegurar o direito ao voto e a paz durante todo o processo eleitoral.
O secretário da Segup, Ualame Machado, destacou a complexidade da operação, comparando-a com outras grandes ações realizadas no estado. “Essa é praticamente a maior operação que temos no Pará. Embora a Operação Verão também seja de grande porte, são mais de 30 dias de operação, e o processo eleitoral pode ser mais curto, mas também que demanda um esforço de todo o efetivo de forma integrada”, afirmou.
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Ele ressaltou ainda que a operação vai cobrir todos os municípios do estado, garantindo que os eleitores possam exercer seu direito ao voto com segurança, além de proporcionar uma celebração tranquila ao fim do pleito. “Ao final, garantimos que a comemoração dos candidatos eleitos, assim como de seus apoiadores, possa ocorrer de forma pacífica”, completou.
A logística da operação envolve não apenas o policiamento durante a votação, mas também o deslocamento e guarda das urnas eletrônicas. “Tudo isso começa muito antes para nós, com reuniões de planejamento junto ao TRE [Tribunal Regional Eleitoral], além da logística de transporte e segurança das urnas. Estamos atentos a todas as nuances e especificidades de cada município, para garantir que o processo eleitoral ocorra sem contratempos”, disse o secretário. Um ponto de preocupação destacado foi a segurança dos candidatos, especialmente em localidades com histórico de violência eleitoral.
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Ualame ressaltou que alguns casos de violência contra prefeitos estão sendo investigados, mas cada caso é tratado individualmente. “Nós temos casos sob investigação que podem ter ligação com o processo eleitoral, e outros que não. O planejamento de segurança é feito levando em consideração o histórico de cada município”, pontuou. “A estratégia de segurança pública é sempre montada em relação a isso para que a gente garanta o exercício do voto, do cidadão, mas claro, também, a segurança e a integridade dos candidatos”, acrescentou.
LEI SECA
O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, detalhou a implementação da Lei Seca para o dia das eleições. “A partir de 0h do dia 6, estará proibida a venda e comercialização de bebidas alcoólicas, além de festas e funcionamento de casas de shows até as 18h”, explicou. Ele também informou que a Polícia Civil estará em plantão 24 horas em todas as regiões do estado, com especial atenção às localidades que costumam ter maior demanda de ocorrências eleitorais.
Já o comandante da Polícia Militar, Dilson Júnior, reforçou que cerca de 7.300 policiais militares estarão envolvidos na operação, distribuídos por todo o estado para garantir a segurança em mais de 5 mil locais de votação. “Nossa prioridade é assegurar que os eleitores possam ir às urnas de forma tranquila. Para nós é muito importante que a PM possa garantir a festa da democracia que é a eleição”, frisou.
ESQUEMA DE SEGURANÇA
A operação reúne os órgãos do Sistema de Segurança Pública (Sieds), atuando em ações preventivas e ostensivas. As ações são integradas por 8.891 mil agentes de segurança pública. Somente na Região Metropolitana de Belém, serão 6.260 agentes, enquanto que 2.631 vão reforçar o policiamento no interior.
Entre eles estão: polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiro Militar, Departamento de Trânsito do Estado, Secretaria de Administração Penitenciária, Grupamentos Aéreo e Fluvial de Segurança Pública, além de Guarda Municipais, órgãos de trânsito municipal, agentes da Semob e policiais federais.
Logística – São 1.721 viaturas entre carros e motocicletas, 6 aeronaves – sendo 4 helicópteros e aviões –, além de 2 bases fluviais instaladas, 60 embarcações e 4 lanchas blindadas.
As ações vão de policiamento no entorno dos depósitos das urnas eletrônicas; escolta das urnas para os locais de votação; policiamento ostensivo nas vias e em torno das zonas eleitorais; controle e ordenamento da fluxo de trânsito nas vias; lavratura de procedimentos de polícia Judiciária; repasse de informações a justiça eleitoral; atendimento médico e primeiros socorros; a rondas em pontos de comemoração.
Monitoramento – Ocorrerão em tempo real. Serão 271 câmeras de segurança pública na Região Metropolitana de Belém e 172 no interior do Pará. Além de 50 totens de Segurança Pública em nove localidades do Estado (25 na RMB e 25 no interior).
No domingo, a partir das 7h, o esquema de segurança conta ainda com monitoramento em tempo real das ocorrências por meio do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE) e Centro Integrado de Comando e Controle Regionais (CICCRs), que estarão ativos em Belém e em toda a Região Metropolitana (RMB) e em outras 14 regiões de segurança pública. Esses centros vão reunir representantes de todos os órgãos de segurança e parceiros, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, para acompanhar e responder rapidamente a qualquer situação que possa ocorrer durante o processo eleitoral.
As 14 regiões são – Castanhal, Abaetetuba, Santarém, Soure, Capanema, Paragominas, Breves, Tucuruí, Marabá, Altamira, Redenção, Tucumã, Itaituba e Parauapebas.
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