Procura por artigos de Halloween cresce 30%

Este ano, os comerciantes estão animados para o Dia das Bruxas, o famoso Halloween, comemorado na próxima segunda-feira (31). No Centro Comercial de Belém, as lojas que vendem artigos temáticos para celebrar a data observam o aumento na demanda disparar. Há quem afirme que a procura ultrapassa patamares pré-pandemia, com uma alta 30%.

Para ter uma ideia da animação dos lojistas, alguns produtos começaram a ganhar as vitrines já no início de outubro. Entre o perfil dos adeptos que celebram a data estão moradores dos mais diferentes bairros da cidade, escolas, além de estabelecimentos comerciais, como é o caso dos restaurantes e bares, que apostam na ornamentação para atrair clientes.

De acordo com Taissa Mayara, 35, a procura é tão grande que em determinados horários é impossível andar na loja em que ela trabalha. “Próximo ao almoço, por exemplo, é um dos períodos mais intensos do dia. Aí temos que nos virar para tentar atender a todos. Como nos dois últimos anos, por conta da pandemia, não nos preparamos, esse mês estamos aproveitando o retorno dessa data”, explicou.

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É possível encontrar uma variedade de produtos, como fantasias, acessórios e itens para decoração, entre os adereços estão: capas, tiaras, dentaduras, aranhas, sangue falso e uma infinidade de opções para quem quer deixar o espaço mais sombrio para a festividade. Em relação aos valores, o mais barato custa em média R$ 5, sendo o mais caro ultrapassa a casa dos R$ 150.

Segundo Amanda Lopes, 38, gerente de uma das lojas visitadas pelo DIÁRIO, é preciso ter pressa para garantir os produtos, pois a alta demanda tem causado uma baixa nos estoques. “Já estávamos esperando por esse movimento e isso é bom para nós. Vamos ficar com nosso mostruário montado até uma semana depois da data, mas para quem tiver interesse é melhor comprar o quanto antes”, afirmou.

OTIMISMO

Uma pesquisa da Associação Brasileira do Comércio de Artigos para Festas (Asbrafe) aponta que 85% das empresas esperam que o faturamento seja grande no Halloween. Outro detalhe é que a maioria dessa mercadoria vem do mercado exterior, especialmente da China, ou seja, com o dólar na casa dos R$ 5,30 a tendência é de alta nos preços.

Mas a estudante Maria Eduarda, 17, ressaltou que após uma boa pesquisa dá para levar muitos produtos para casa. “Eu já entrei em cinco lojas e até agora não comprei nada pois estou pesquisando. Estou pretendendo gastar R$ 150 e aposto que consigo levar várias coisas. Sabemos que tudo está caro, então é preciso andar e pesquisar… além de chorar as vezes”, contou.

As estratégias para chamar mais vendas são muitas, com locutor na frente narrando as ofertas e as condições únicas, além de divulgação de produtos nas redes sociais, especialmente Facebook, Instagram e Tik-Tok. Na contramão dos concorrentes, o atendente Alan Cordeiro, 29, vira manequim e usa as principais fantasias da loja onde trabalha. “Precisamos mostrar para os fregueses como as roupas, máscaras e acessórios ficam na gente. Tem dias que uso sangue falso, luvas, demonstro alguns acessórios, para que ele possa ficar seguros da qualidade desses produtos. Não sei se minha estratégia tem dado certo, mas tem aparecido muita gente por aqui, e o mais importante, comprando”, detalhou.

Dentre as demais estratégias de vendas estão investimento no atendimento, decoração da loja, flexibilidade de pagamento e liquidação. Desta forma os vendedores garantem a divulgação que eles julgam a mais importante, a propaganda boca a boca. A verdade é que as vendas do Dia das Bruxas servem também como termômetro para as festas de final de ano, com previsão de boas vendas.