
Com a escalada do conflito entre Estados Unidos e Irã, o mercado global de energia se prepara para uma semana turbulenta. Segundo projeções de analistas ouvidos pela Reuters, o preço do petróleo pode subir entre US$ 3 e US$ 5 por barril já na reabertura dos mercados, prevista para a noite deste domingo (horário de Brasília).
O motivo seria o risco geopolítico crescente que paira sobre o Oriente Médio, especialmente após os recentes bombardeios dos EUA contra o Irã.
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Impacto imediato e o que esperar nos próximos dias
A previsão é de alta no valor da commodity independentemente da reação iraniana. No entanto, o tamanho do salto nos preços dependerá diretamente de como e quando o Irã escolherá retaliar.
De acordo com o Financial Times, os analistas veem três fatores principais que podem acelerar o aumento nos preços:
- 1. Retaliação intensa por parte do Irã;
- 2. Interrupção das exportações de petróleo iraniano;
- 3. Fechamento do estreito de Hormuz, por onde passa cerca de 30% do petróleo e 20% do gás liquefeito comercializados no mundo.
Neste domingo, o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do estreito, mas a implementação da medida depende da aprovação final do governo e do comando militar do país.
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Mercado começa a precificar o risco
Para Jorge León, chefe de análise geopolítica da consultoria Rystad Energy, mesmo que não haja retaliação imediata, os mercados já começaram a precificar o risco de desabastecimento, o que pode provocar um salto preventivo no preço do petróleo.
A perspectiva é compartilhada por especialistas da S&P Global Commodity Insights, que alertam: ainda que o fornecimento direto do Irã seja interrompido, os estoques globais e o aumento na produção da Opep+ podem manter o abastecimento mundial — desde que o estreito de Hormuz permaneça aberto.
Irã promete reagir e se aproxima de Putin
Em meio ao aumento da tensão, o Irã garantiu que irá revidar os ataques dos EUA, e anunciou que consultará o presidente russo Vladimir Putin para coordenar respostas no cenário internacional. O país também intensificou ataques com mísseis balísticos contra Israel, elevando o risco de uma crise regional de grandes proporções.
Com tantas variáveis em jogo, a nova semana começa sob alerta total nos mercados globais. O petróleo, mais uma vez, se torna o termômetro de uma disputa onde cada movimento militar pode custar bilhões de dólares.
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