Vídeo: brasileira cai em vulcão na Indonésia e aguarda socorro há mais de 14 horas 

O que prometia ser mais um capítulo inesquecível de uma aventura na Ásia se transformou em momentos de muito medo, apreensão e pedidos desesperados de ajuda e orações de várias partes do mundo. Em busca de experiências únicas, muitos viajantes enfrentam trilhas por paisagens deslumbrantes, mas nem sempre estão preparados para os perigos que essas jornadas podem esconder. Sem o devido suporte, equipamento adequado e estrutura de segurança, o que seria uma viagem dos sonhos virou um pesadelo que já dura mais de 14 horas.

Foi o que aconteceu com Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói, no Rio de Janeiro. A publicitária fazia uma trilha ao vulcão Rinjani, um dos pontos turísticos mais conhecidos da Indonésia, quando caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros na madrugada deste sábado (21), pelo horário local, ainda noite de sexta (20) no Brasil.

Juliana está em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, viajando sozinha com uma empresa de turismo. Antes da Indonésia, já havia passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia. Segundo a irmã, Mariana Marins, a jovem escorregou por conta do terreno instável e da forte neblina que cobriu a montanha.

“Ela não conseguia se levantar. O máximo que fazia era mexer um pouco os braços e olhar para cima”, contou Mariana.

Quer ler mais notícias do mundo? Acesse o nosso canal no WhatsApp!

A situação se agravou com o passar das horas. A neblina, além de dificultar a visibilidade, molhou o chão da encosta, fazendo com que Juliana continuasse escorregando lentamente pela montanha ao longo do dia. Segundo Mariana, Juliana está viva e consciente, mas permanece caída, sem conseguir se mover.

“Quando a neblina sumiu, ela já estava bem mais embaixo. A gente precisa que ela seja resgatada o quanto antes. Ela está escorregando e a cada hora que passa fica mais perigoso”, alertou a irmã.

O acidente só foi comunicado à família horas depois, quando um grupo de turistas estrangeiros viu Juliana caída e entrou em contato com os parentes pelo Instagram, enviando fotos, vídeos e a localização exata. A publicitária está sem acesso à internet, já que o plano contratado não tem cobertura na região do vulcão.

Apesar do esforço dos turistas e da família, o resgate ainda não foi realizado. A equipe de montanhistas responsável pela trilha não conseguiu alcançar Juliana devido à área remota e de difícil acesso. A família acionou a embaixada brasileira em Jacarta, que está intermediando os contatos com a empresa responsável pela excursão. Até o momento, o Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente.

O caso acende um alerta sobre os riscos de trilhas em regiões montanhosas e isoladas sem acompanhamento técnico especializado, roupas apropriadas e comunicação garantida. Enquanto isso, familiares e amigos de Juliana acompanham, com angústia, cada minuto que passa, à espera de um resgate que já demora mais de 14 horas.

Assista ao vídeo