
Nos últimos oito dias, Israel e Irã vêm travando um confronto sem precedentes, marcado por ataques que causaram centenas de mortes, além graves ameaças.
Sem sinais de trégua, número de mortes já passa de 600, segundo balanço de ONG. Israel afirmou que pelo menos 24 pessoas foram mortas em ataques iranianos contra Israel. Pelo menos 639 pessoas foram mortas em ataques israelenses em todo o Irã, de acordo com o grupo Human Rights Activists, com sede em Washington. O Irã não divulgou números regulares de mortes durante os intensos ataques israelenses. Sua última atualização estimou o número de mortos em mais de 240 pessoas e 1.277 feridos.
Israel acusa Irã de usar míssil equipado com dispositivo de fragmentação. Segundo o governo israelense, o Irã disparou nesta quinta-feira (19) pelo menos um míssil que espalhou pequenas bombas com o objetivo de aumentar o número de vítimas civis. As autoridades militares israelenses não forneceram mais detalhes. Notícias em Israel citaram os militares israelenses afirmando que a ogiva do míssil se abriu a uma altitude de cerca de 7 km e liberou cerca de 20 submunições em um raio de cerca de 8 km sobre a região central de Israel.
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O aiatolá Ali Khamenei, líder do Irã, afirmou que o país não se renderá, após declarações de Trump. O presidente americano disse esperar algo "melhor que um cessar-fogo", pediu uma "rendição incondicional" do Irã e afirmou saber onde está Khamenei, mas descartou "pelo menos por enquanto" lançar uma operação para matá-lo.
Khamenei considera a exigência de Trump para que o Irã se renda como "irracional". O líder iraniano disse que "ameaças não têm impacto nos pensamentos ou no comportamento da nação iraniana".
Nesta quinta-feira (19), a Casa Branca confirmou que Trump vai decidir nas próximas duas semanas se irá atacar ou não o Irã. Declaração do presidente foi lida durante coletiva de imprensa na Casa Branca. "Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas", diz o texto lido por Karoline Leavitt, porta-voz do governo dos EUA.
Possível acordo envolve a proibição de o Irã ter uma arma nuclear. Karoline Leavitt, porta-voz do governo, detalhou que qualquer acordo nuclear com o Irã teria que incluir a proibição do enriquecimento de urânio e impedir o Irã de obter uma arma nuclear. O Irã desistiu das negociações com autoridades americanas sobre um acordo nuclear depois que Israel iniciou seus ataques na semana passada.
ATAQUES CONTINUARAM AO LONGO DA QUINTA-FEIRA
Mísseis iranianos atingiram nesta quinta-feira (19) o principal hospital do sul de Israel e outros locais, incluindo a capital Tel Aviv. Ataque deixou ao menos 271 feridos em todo o país. A ofensiva acontece após o governo de Netanyahu anunciar que atingiu instalações nucleares no país persa.
Irã diz ter mirado centro de inteligência israelense "perto de um hospital". "Nessa operação, o centro de comando e inteligência do governo israelense foi o alvo de um ataque preciso perto de um hospital", disse a Guarda Revolucionária iraniana à agência de notícias estatal Irna.
Israel também realizou ataques ao Irã. Segundo o exército israelense, os alvos eram instalações nucleares, incluindo o reator de água pesada de Arak e a instalação de Natanz. A agência de notícias oficial do Irã afirma que o país denunciou o ataque à Agência Internacional de Energia Atômica, acusando Israel de "continuar suas agressões e ações contrárias às leis internacionais que proíbem ataques a instalações nucleares". Ainda segundo a agência de notícias, não houve vítimas no ataque à usina nuclear de Arak.
Irã confirmou o ataque e disse que não há relatos de ameaça de radiação. Segundo o país, os dois projéteis atingiram uma área próxima à instalação nuclear, que já havia sido evacuada.
Líder supremo do Irã 'não pode seguir existindo', afirmou o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz. Netanyahu afirmou que sua instrução ao governo foi de que "ninguém no Irã deve ter imunidade".
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ENTENDA O CONFLITO
Israel e Irã estão em conflito desde sexta-feira (13). Israel bombardeou Teerã, capital do Irã, e anunciou ataques a dezenas de instalações de mísseis no oeste do país alegando que queria "prevenir um holocausto nuclear". Israel, porém, é o único país que possui bombas nucleares no Oriente Médio.
Já são 585 mortes de iranianos e 24 israelenses. No Irã, os números incluem os comandantes da Guarda Revolucionária e do Estado-Maior do Exército, além de nove cientistas do programa nuclear. Os dados são da ONG americana Human Rights Activists.
Durante o ataque desta quarta-feira (18), o Irã afirmou ter usado um míssil novo. A informação, segundo a agência de notícias Fars, foi passada por um porta-voz do Ministério da Defesa.
Israel também fez novos ataques ao Irã. Segundo o exército, foram atingidas "dezenas de infraestruturas de armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra", assim como lançadores de mísseis terra-ar e depósitos de drones no oeste do Irã.
Estados Unidos mobilizaram caças e porta-aviões para o Oriente Médio. O envio do material bélico aconteceu no dia em que Donald Trump pediu a rendição incondicional de Khamenei e afirmou que sabia o paradeiro dele.
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