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Estudo descobre que larva de inseto consegue comer plástico

A larva conhecida como Tenebrio molitor, ou larva-da-farinha, pode desempenhar um papel crucial na decomposição de resíduos plásticos

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Imagem ilustrativa da notícia Estudo descobre que larva de inseto consegue comer plástico camera Larva consegue comer plástico e pode ser usado no combate do produto no meio ambiente | Foto: Freepik

A crescente preocupação com a poluição por plástico no meio ambiente tem levado cientistas a buscarem soluções inovadoras para mitigar os impactos ambientais desse produto. Novas descobertas, é claro, estão próximas de transformar esse cenário, criando expectativas.

Um estudo recente realizado por pesquisadores no Quênia trouxe uma descoberta surpreendente: a larva de um inseto, conhecido como Tenebrio molitor ou "larva-da-farinha", pode desempenhar um papel crucial na decomposição de resíduos plásticos, especificamente o poliestireno, mais conhecido como isopor.

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O poliestireno é um material plástico amplamente utilizado em embalagens alimentícias, eletrônicas e industriais, devido à sua durabilidade e leveza. No entanto, sua resistência à decomposição torna-o um dos principais vilões da poluição ambiental.

Com os métodos tradicionais de reciclagem sendo caros e muitas vezes ineficazes, a descoberta de uma solução biológica para esse problema abre novas possibilidades para o manejo de resíduos plásticos.

O experimento realizado pelos cientistas mostrou que as larvas alimentadas exclusivamente com poliestireno foram capazes de digerir o material de forma eficaz. Além disso, o estudo revelou que as bactérias presentes no intestino das larvas desempenham um papel fundamental nesse processo.

As larvas, ao ingerirem o plástico, hospedam em seus intestinos bactérias como Proteobacteria e Firmicutes, capazes de decompor o poliestireno em componentes mais simples.

Essa descoberta sugere que a habilidade das larvas em digerir o plástico pode não ser natural, mas sim o resultado de uma adaptação de suas bactérias intestinais, que se especializam em quebrar substâncias complexas como o poliestireno.

A pesquisadora principal do estudo, professora da Universidade do Quênia, afirmou que as bactérias presentes nas larvas podem ser isoladas e utilizadas para desenvolver soluções biológicas para a degradação de plástico em larga escala.

Cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são descartados em nossos oceanos anualmente.
📷 Cerca de 8 milhões de toneladas de plástico são descartados em nossos oceanos anualmente. |Foto: Rawpixel.com

O Impacto Ambiental do plástico

A poluição por plástico é um dos maiores desafios ambientais da atualidade. Estima-se que a humanidade descarte cerca de 8 milhões de toneladas de plástico nos oceanos a cada ano, o que tem efeitos devastadores sobre a fauna marinha.

O plástico, ao se decompor, se fragmenta em micropartículas que são ingeridas por peixes, aves e outros animais marinhos, resultando em sérios danos à saúde desses organismos e à cadeia alimentar.

Além disso, o plástico também contribui para a superlotação de aterros sanitários, já que leva centenas de anos para se decompor. O uso indiscriminado de sacolas plásticas e embalagens descartáveis tem sido um dos principais responsáveis pela proliferação de lixo em áreas urbanas e rurais, criando lixões a céu aberto e contaminando rios e lençóis freáticos.

Apesar de soluções como a descoberta das larvas se mostrarem promissoras, a solução para a poluição plástica exige mais do que inovações científicas. É fundamental que políticas ambientais eficazes sejam implementadas para reduzir o uso do plástico, incentivar a reciclagem e promover a educação ambiental.

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Sem ações coordenadas e conscientes da população e dos governos, o ritmo de produção e descarte de plástico continuará a crescer, superando as capacidades de reciclagem e causando danos irreversíveis ao meio ambiente.

As sacolas plásticas, por exemplo, levam até 200 anos para se decompor, e durante esse tempo, podem causar uma série de transtornos, como entupir bueiros e aumentar o risco de enchentes. Além disso, sua decomposição libera gás carbônico, contribuindo para o efeito estufa e acelerando as mudanças climáticas.

Conscientização da população sobre o plástico ainda é necessária

A descoberta de que as larvas-da-farinha podem, com a ajuda de suas bactérias intestinais, quebrar o poliestireno abre novas possibilidades para o tratamento de resíduos plásticos. No entanto, ainda há muito a ser explorado. A pesquisa sobre como isolar essas bactérias e otimizar o processo de degradação pode, no futuro, fornecer uma solução biológica viável para reduzir o impacto do plástico no meio ambiente.

A conscientização da população sobre o uso excessivo de plásticos e a implementação de políticas públicas para incentivar a reciclagem e o uso de materiais biodegradáveis são ações fundamentais.

Juntas, a ciência e a educação ambiental podem contribuir para um mundo mais sustentável, no qual as soluções biológicas, como as descobertas sobre as larvas, desempenhem um papel central na redução da poluição e na proteção do nosso planeta.

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