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Cientistas descobrem sete novos tipos coronavírus em morcegos na África

Pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa Médica, em Franceville (Gabão), descobriram sete novos coronavírus em morcegos na África. A descoberta aconteceu após mais de mil morcegos que vivem espalhados em cavernas serem testados. 18 desses mamífer

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Imagem ilustrativa da notícia Cientistas descobrem sete novos tipos coronavírus em morcegos na África camera D

Pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa Médica, em Franceville (Gabão), descobriram sete novos coronavírus em morcegos na África. A descoberta aconteceu após mais de mil morcegos que vivem espalhados em cavernas serem testados. 18 desses mamíferos portavam o coronavírus, onde sete são novos para a ciência.

Cinco deles estavam relacionados ao coronavírus humano 229E, uma espécie que circula entre nós desde 1960, mas é daqueles que causam só um resfriado. O que significa que as novas cepas encontradas podem agir de forma semelhante, mas ainda é preciso mais estudos para confirmar. Os outros dois não estão relacionados a nenhum coronavírus humano conhecido, por isso, não é possível definir o risco.

No final de 2019, pesquisadores também haviam descoberto seis novos coronavírus na Birmânia, mas eles não possuem semelhança com os SARS-CoV ou o MERS-CoV.

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Os cientistas ainda não tem muitas respostas para essa descoberta, como por exemplo, se algum deles é capaz de causar uma pandemia como a que estamos vivendo. Os pesquisadores devem estudar a sequência genética dos novos coronavírus para saber se eles são capazes de acessar células humanas. Mas, de toda forma, o mais importante é que as pessoas mantenham distância dos morcegos, para evitar a transmissão viral.

Os morcegos são alvo de diferentes vírus (como coronavírus, ebola, entre outros) devido ao seu sistema imunológico, capaz de tolerar os agentes infecciosos com mais facilidade do que os seres humanos. Uma pesquisa feita em 2019 na Escola de Medicina Duke-NUS, em Singapura, mostrou que os morcegos produzem a proteína NLRP3 (responsável pela resposta inflamatória) em menor quantidade e numa versão menos sensível do que em outros mamíferos. Por isso, muitas vezes eles são assintomáticos.

Na China, o consumo de animais silvestres é comum para uma pequena parte da população, assim como no Gabão. Lá, morcegos também fazem parte da alimentação. Porém, desde o início de abril, a venda e consumo desses animais está proibida em todo o país devido aos riscos de infecção. No entanto, mudar esse hábito não é algo tão simples, já que envolve questões culturais.

A proibição pelo governo também pode não ser tão efetiva, pois a caça ilegal é uma realidade em todo o mundo. Por isso, é preciso ficar atento aos riscos e respeitar o espaço desses animais na natureza.

Ainda não há cura ou imunização para a Covid-19. A recomendação do Ministério da Saúde, OMS e diversos órgãos de saúde é a mesma: obedecer o isolamento social, higienizar bem as mãos com água e sabão e, caso precise sair à rua, usar máscara.

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