
O preço do café no Brasil apresentou uma queda de 0,36% em julho, de acordo com os dados do IPCA-15, divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Esse é o primeiro alívio para os consumidores após 18 meses consecutivos de alta, período em que o produto impactou fortemente o orçamento das famílias brasileiras. Nos últimos 12 meses, o café acumulou uma valorização de 76,5%, tornando-se um dos maiores responsáveis pela pressão inflacionária.
Durante esse período, o café foi o item que mais contribuiu para o aumento da inflação, superando outras categorias de produtos e serviços. Enquanto o preço do café subiu 76,5%, o segundo item mais impactante no índice, a joia, teve alta de 32,59%.
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Apesar da leve redução, o preço do café ainda permanece elevado para muitos consumidores, com o quilo do produto chegando a custar até R$ 80, conforme levantamento da Folha de S.Paulo. A alta nos preços reflete a escassez provocada por condições climáticas adversas que afetaram a safra no Brasil, impactando tanto os custos internos quanto os preços no mercado internacional.
No entanto, especialistas apontam que a tendência de alta pode começar a perder força, com a expectativa de uma redução mais significativa nos próximos meses, caso as condições de safra melhorem. "O mercado cafeeiro segue com ritmo lento e incerto, ainda lidando com as incertezas sobre as possíveis tarifas americanas sobre o café brasileiro", afirmou Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) sobre o cenário atual.
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Porém, uma nova preocupação surgiu no mercado internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, a partir de agosto, as exportações brasileiras de café para o país estarão sujeitas a uma taxa de 50%. Caso a medida se concretize, ela poderá impactar a oferta global do produto e gerar novos desafios para o mercado cafeeiro.
Com a leve queda em julho, consumidores começam a sentir um pequeno alívio nas compras, mas o futuro do mercado de café continua a depender de uma série de fatores, como o clima, a produção nacional e decisões econômicas internacionais.
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