
A internet tornou-se um lugar que facilita a comunicação e garante outras vantagens para seus usuários. Por outro lado, ela também pode ser usada para promover crimes.
Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Departamento de Inteligência de Roraima desarticulou uma quadrilha que utilizava as redes sociais para aliciar crianças e adolescentes para participar de rinhas clandestinas de luta. Dois homens foram presos em Boa Vista, na periferia da capital, sob a acusação de organizar os combates, realizar apostas e, em um dos casos mais chocantes, oferecer uma adolescente de 13 anos como "prêmio" em uma das lutas.
As investigações, que duraram dois meses, revelaram um esquema complexo de aliciamento online. As quadrilhas utilizavam a internet para atrair jovens entre 12 e 17 anos, oferecendo-lhes a oportunidade de participar de lutas em cenários improvisados, como campos de futebol e ruas.
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Imagens dessas lutas, muitas vezes gravadas pelos próprios participantes ou espectadores, circulavam livremente nas redes sociais, mostrando adolescentes trocando socos e caindo ao chão. O caso não se restringe a Roraima; registros semelhantes foram encontrados em outros estados, como Santa Catarina e Ceará.
Na casa de um dos presos, a polícia encontrou a adolescente de 13 anos. De acordo com as autoridades, o homem mantinha um relacionamento com a jovem, o que configura crime de estupro de vulnerável, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A situação se agrava com a denúncia de que a menina teria sido oferecida como recompensa em uma das rinhas, um fato que está sendo minuciosamente investigado. A adolescente foi resgatada e entregue aos seus pais.
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Os organizadores das rinhas lucravam com as apostas realizadas pelos espectadores, transformando a violência juvenil em um negócio lucrativo e perigoso. Os dois homens detidos permanecem presos, enquanto as autoridades continuam aprofundando as investigações. O Ministério Público está acompanhando o caso de perto e vai apurar como essas lutas, que ocorriam em espaços públicos, eram organizadas e financiadas.
Outras operações em diferentes estados e no Distrito Federal também marcaram o início da semana, todas focadas no combate a crimes cibernéticos que vitimam crianças e adolescentes. As ações policiais ressaltam a crescente preocupação com a segurança de jovens no ambiente digital e a necessidade de coibir o aliciamento e a exploração por meio da internet.
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