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IMPRUDÊNCIA NO TRÂNSITO

Motorista que atropelou e matou jovens em SP estava a mais de 120 km/h

Motorista a 120 km/h atropela duas jovens em São Caetano do Sul. Entenda as circunstâncias e as consequências desse trágico acidente.

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Imagem ilustrativa da notícia Motorista que atropelou e matou jovens em SP estava a mais de 120 km/h camera Jovens atropeladas por motorista em alta velocidade geram clamor por justiça | ( Divulgação)

Era para ser apenas mais uma noite comum na Avenida Goiás, uma das mais movimentadas de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo. Um cenário de rotina: carros, semáforos, pedestres e buzinas. Mas em segundos, tudo se transformou em tragédia. Duas jovens, cheias de sonhos e planos, foram brutalmente arremessadas no asfalto. O carro que as atropelou trafegava a mais de 120 km/h. Um detalhe que muda completamente a narrativa do que muitos tentaram chamar de “fatalidade”.

Brendo dos Santos Sampaio, 26 anos, estudante de Direito, conduzia um Honda Civic na cor preta Touring de 2019, com motor turbo e potência de 173 cavalos. Segundo especialistas, ele cruzava a via a uma velocidade muito superior à permitida — a avenida tem limite de 60 km/h. A cena registrada por câmeras de segurança é brutal: Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas de 18 anos, atravessam a faixa de pedestres. O sinal estava verde para os carros. Ainda assim, em um piscar de olhos, elas são atingidas violentamente, arremessadas a metros de distância. As duas morreram no local, com múltiplas fraturas.

120 km/h (ou mais)

A velocidade exata do Civic foi analisada com o auxílio de um software desenvolvido pelos peritos criminais Rodrigo Kleinubing e Isaac Newton Lima da Silva. A ferramenta, criada especialmente para reconstituir acidentes de trânsito, considera imagens de câmeras de segurança e aplica fórmulas físicas que recriam o cenário em 3D, corrigindo distorções e oferecendo medições precisas.

Mesmo utilizando uma metodologia conservadora, os peritos afirmam que o carro de Brendo trafegava a, no mínimo, 123 km/h — e isso já em processo de frenagem. “Se pudéssemos avaliar o momento anterior ao início da frenagem, a velocidade seria ainda maior”, explica Rodrigo Kleinubing. “A análise oferece o benefício da dúvida ao condutor. O que nos leva à certeza de que o veículo trafegava a bem mais do que o dobro da velocidade permitida.”

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Racha, histórico e impunidade

O carro apresentava características de modificação: escapamentos esportivos e alterações aerodinâmicas, segundo a delegada Kelly Sachetto. E há ainda suspeita de que Brendo estivesse participando de um racha no momento do acidente. Uma testemunha afirma ter visto dois veículos em aparente disputa de velocidade momentos antes da colisão. Se confirmada, a prática configura crime com pena de cinco a dez anos, por ter resultado em morte.

O histórico do motorista reforça o cenário de imprudência: Brendo acumulava 71 pontos na carteira de habilitação, a maioria por excesso de velocidade. Sua CNH já estava em processo de suspensão. Ainda assim, ele continuava ao volante, até a noite em que duas vidas foram ceifadas de forma cruel e irresponsável.

A culpa é de quem?

Mesmo com o sinal verde para os veículos, especialistas afirmam que a velocidade altera a responsabilidade. “O condutor que trafega em excesso de velocidade assume o risco de matar”, explica o advogado Marcelo Miguel. “É o típico caso de dolo eventual: ele sabia que poderia causar um acidente, mas optou por continuar.”

A defesa de Brendo alega que as jovens atravessavam fora do momento adequado, mas ignora o principal agravante: a alta velocidade. O próprio advogado de defesa chegou a dizer que foi uma “fatalidade”, gerando indignação nas redes sociais. “Fatalidade? Com 71 pontos por excesso de velocidade? A tragédia estava anunciada!”, escreveu um internauta. “As meninas erraram, sim. Mas ele estava a mais de 120 km/h. Isso é imperdoável!”, comentou outro.

Justiça e memória

A polícia segue investigando o caso. Imagens das imediações estão sendo analisadas para identificar a presença de um segundo veículo que possa confirmar o racha. Enquanto isso, amigos e familiares das vítimas clamam por justiça. Nas redes sociais, tributos emocionados lembram a alegria e o futuro promissor de Isabelli e Isabela — duas vidas que não deveriam ter terminado assim.

No Brasil, onde motoristas reincidentes continuam circulando com carteiras cheias de infrações e punições brandas, a morte no trânsito ainda é tratada com naturalidade.

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