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POLÊMICA

Motociata: Marta Suplicy será investigada por liberar verba

O deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi pediram explicações sobre o "mau uso" de verbas municipais para o evento

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Imagem ilustrativa da notícia Motociata: Marta Suplicy será investigada por liberar verba camera Marcelo Camargo/Agência Brasil

A motociata organizada por apoiadores de Jair Bolsonaro, no último sábado (12), na capital paulista, continua sendo assunto. Além das críticas relacionadas a pandemia da Covid-19, já que os participantes aglomeraram e não usaram máscaras, os gastos com o evento também se tornaram pauta.

O deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi protocolaram uma representação no Ministério Público de SP (MP-SP) e no Tribunal de Contas do Município solicitando que os órgãos investiguem o "mau uso" de verbas municipais por ter gasto R$ 75.243,17 com a instalação de gradis para a realização da motociata de Jair Bolsonaro na capital paulista, no sábado (12).

"Ocorre que tal evento não está previsto no calendário de eventos oficiais por parte da prefeitura e no processo de dispensa de licitação não há qualquer motivação de interesse público ou social para onerar os cofres públicos, sendo uma manifestação política particular de apoiadores do governo federal e, portanto, sem relação com os deveres do município ", aponta o documento.

Os R$ 75,2 mil gastos pela Prefeitura de São Paulo no evento foram desembolsados pela Secretaria Municipal de Relações Internacionais -comandada por Marta Suplicy. O despacho autorizando a transferência de recursos para a Secretaria de Esportes e Lazer foi assinado pela ex-vereadora Soninha Francine, hoje chefe de gabinete de Marta.

Soninha afirma que a dotação orçamentária para eventos está alocada nas Relações Internacionais, que precisa transferir os recursos para a pasta de turismo quando há necessidade. "Seja qual for o evento -Carnaval, Marcha para Jesus, Marcha dos Zumbis ou Acelera para Cristo-cabe à prefeitura providenciar uma estrutura mínima obrigatória", afirma.

Ela diz que Marta, sua "chefe", "gostaria de ter impedido o evento" e até tentou ver se isso era possível. "Mas não temos o direito de negar a realização de um evento ou manifestação que siga as regras, seja qual for a orientação ideológica ou as intenções espúrias dos manifestantes", diz ela.

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