António Oliveira assume o Remo antes do Re-Pa? Acordo de rescisão com Sport é fechado

Em um momento de transição delicada e cercado de expectativas, o Clube do Remo se movimenta nos bastidores para resolver uma das questões mais sensíveis do futebol: a troca no comando técnico, justamente na véspera de um dos jogos mais emblemáticos do calendário azulino.

De olho no clássico contra o Paysandu, válido pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, a diretoria azulina corre contra o tempo para regularizar o nome de António Oliveira, treinador português que deve assumir o comando técnico do Clube do Remo.

A movimentação acontece em meio a uma série de trâmites burocráticos, que envolvem desde a rescisão contratual do ex-técnico Daniel Paulista — atualmente no Sport Recife — até os últimos detalhes para o registro do novo comandante no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

Em entrevista coletiva, o executivo de futebol do Leão, Marcos Braz, tentou tranquilizar a torcida ao afirmar que “até sábado (21) tudo será resolvido".

"O Remo não perderá nenhum minuto de trabalho, esforço, em detrimento a este jogo. Sabemos o tamanho deste jogo", afirmou o executivo do Leão.

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Na prática, a intenção do clube é clara: garantir que António Oliveira esteja à beira do gramado no clássico de sábado (21), às 18h30, no Estádio Mangueirão. Para isso, um passo importante foi dado na última quarta-feira (18), quando a rescisão de Daniel Paulista foi oficializada no sistema da CBF. Com isso, o caminho está aberto para que o novo treinador seja devidamente regularizado.

Apesar do otimismo, até a manhã desta quinta-feira (19), o nome de António Oliveira ainda não constava no BID. Caso a situação não se resolva até sexta (20), o auxiliar técnico Flávio Garcia deve novamente assumir a função à beira do campo, como ocorreu nos compromissos anteriores.

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RESCISÃO MILIONÁRIA

Enquanto isso, o Sport Recife, ex-clube de António, finaliza os últimos detalhes do distrato contratual. A rescisão gira em torno de R$ 3,22 milhões, valor referente à quebra antecipada do vínculo que iria até dezembro, com possibilidade de renovação, caso o time alcançasse vaga na Copa Sul-Americana. Segundo o acordo, o clube pernambucano arcaria com o pagamento integral dos salários, se decidisse encerrar o trabalho precocemente — o que aconteceu no início de junho.

Durante o curto período em que comandou o Sport — entre os dias 9 de maio e 4 de junho — António Oliveira esteve à frente da equipe em apenas quatro partidas, somando um empate e três derrotas. A passagem foi marcada por instabilidade e críticas da torcida. Na estreia, diante do Cruzeiro, o treinador foi hostilizado na Ilha do Retiro antes mesmo dos 20 minutos de jogo, em uma noite que terminou com uma goleada por 4 a 0. Depois de nova derrota, desta vez por 1 a 0 para o Mirassol, a diretoria rubro-negra optou por encerrar o trabalho, mesmo após o executivo Thiago Gasparino ter garantido sua permanência horas antes.

Agora, livre no mercado, António Oliveira está perto de selar um novo capítulo no futebol brasileiro, agora no Clube do Remo, justamente onde Daniel Paulista. O ciclo entre os dois treinadores parece se inverter, reforçando as conexões e os cruzamentos do destino dentro do esporte.

A expectativa dos azulinos é que o novo comandante chegue com fôlego renovado e capacidade de reação para conduzir o time em uma campanha de recuperação na Série B — e, quem sabe, já em um clássico Re-Pa como ponto de partida.