Torcedores realizam abaixo-assinado por mudanças no Paysandu

A crise dentro e fora de campo no Paysandu vem gerando forte mobilização da torcida. Lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro há 14 rodadas e cada vez mais ameaçado pelo rebaixamento, o clube bicolor enfrenta agora a insatisfação de seus torcedores, que têm protestado principalmente contra a diretoria, comandada pelo presidente Roger Aguilera.

Diferentemente de outras situações de crise, em que a pressão recai sobre jogadores e comissão técnica, o principal alvo da vez é a gestão do clube. Aguilera é acusado de ter formado um elenco sem nível competitivo para a Série B, apostando em contratações de jogadores com passagem por clubes de menor expressão, inclusive da Série C e Série D do futebol brasileiro.

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O descontentamento da torcida, que já havia se manifestado com protestos em frente à sede social do clube — pedindo, entre outras coisas, a implementação do voto direto nas eleições —, agora ganhou um novo capítulo: um abaixo-assinado virtual que já conta com a adesão de quase 3 mil torcedores.

Além de exigirem eleições diretas para a escolha do presidente — cargo atualmente definido por um grupo restrito de associados —, os torcedores também cobram maior transparência na gestão financeira do clube. Para os idealizadores do movimento, os recursos arrecadados pelo clube estariam sendo mal utilizados. “Muito dinheiro está sendo jogado pelo ralo”, critica um dos organizadores do abaixo-assinado.

ERROS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

As críticas à montagem do elenco também ganharam força. Em especial, torcedores apontam erros em contratações de jogadores que não conseguiram sequer espaço no banco de reservas. Um dos exemplos mais citados é o do atacante João Marcos, ex-Aparecidense-GO, que disputou a Série D e sequer tem sido relacionado para os jogos do time na Série B.

Com o possível rebaixamento à Série C em 2026 cada vez mais próximo, o movimento ganha força e já se organiza como uma pressão direta por mudanças profundas no modelo de gestão do Paysandu. Para os torcedores, é hora de o clube ouvir sua base e permitir uma participação mais democrática na condução do seu futuro.

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