
Após o empate sem gols entre Paysandu e América-MG, pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Márcio Fernandes concedeu sua primeira entrevista coletiva desde o retorno ao comando do Papão.
Na sala de imprensa do estádio Mangueirão, o treinador analisou a atuação da equipe, destacou pontos de evolução e reforçou que o principal desafio do time está na criação de jogadas.
Ao ser questionado sobre o desempenho geral da equipe, Márcio apontou uma evolução no setor defensivo, mas reconheceu que o time ainda sofre para criar jogadas ofensivas.
“Acho que já tivemos uma melhora na parte defensiva. Não corremos riscos em finalizações claras do América, mas seguimos com dificuldades na criação. A equipe finalizou 18 vezes, contra 13 deles, mas sem efetividade clara. O maior problema está no meio-campo”, avaliou o treinador.
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Márcio destacou que, desde sua chegada, tem buscado alternativas para preencher a lacuna deixada pela ausência de um armador de ofício. "Tentamos Marlon, Edinho, André... São jogadores mais acostumados a atuar pelas pontas. Estamos buscando uma adaptação ou talvez teremos que mudar o modelo de jogo", admitiu.
Retorno à Curuzu
O treinador confirmou que o Paysandu voltará a mandar seus jogos na Curuzu, estádio tradicional do clube. Para Márcio, o retorno ao “caldeirão” pode ser fundamental nesta reta final de competição.
“Sempre fui adepto de jogar na Curuzu. É a nossa casa, onde conhecemos cada detalhe do gramado. A pressão da torcida lá é diferente, e pode nos ajudar nesses últimos seis jogos”, afirmou.
Alterações táticas e reforço da confiança
Durante a partida, Márcio promoveu mudanças na estrutura tática, especialmente no meio de campo. A entrada de Leite foi destacada como fundamental para equilibrar a posse de bola e neutralizar o setor criativo do América.
“No segundo tempo posicionamos melhor o time e, com isso, passamos a correr menos e jogar mais. A entrada do Leite foi importante para anular o meio deles. Nosso maior desafio agora é resgatar a confiança do elenco”, explicou.
Situação física de Rossi
Um dos destaques do elenco, o atacante Rossi voltou a campo após longo período de inatividade. O técnico revelou que, apesar da liberação médica, o jogador ainda busca o melhor ritmo físico.
“Mesmo sem estar 100%, o Rossi é daqueles jogadores que sentem menos a pressão. Ele pode decidir uma partida em uma jogada. Mas vamos avaliar como ele reage nos próximos treinos para definir sua utilização”, detalhou.
Base pode ser alternativa
Diante das limitações do elenco, o técnico não descartou buscar soluções nas categorias de base. Márcio citou o jovem Pedro, já integrado aos treinos, e elogiou o trabalho de Ignácio, integrante da comissão técnica e conhecedor profundo da base bicolor.
“Temos garotos de qualidade, mas é um momento complicado para lançá-los. Mesmo os jogadores experientes estão sentindo a pressão. Vamos avaliar com calma, mas pode ser uma saída”, disse.
Olho na reta final
Com seis jogos restantes e a necessidade urgente de pontuar, o comandante alviceleste garantiu que o foco será total na recuperação do time e destacou a necessidade de entregar mais em campo.
“Não tem outra saída. Vamos precisar de mais entrega, mais intensidade. Precisamos fazer com que os jogadores acreditem que podemos sair dessa situação. Só vamos conseguir isso com trabalho, ajuste e confiança”, finalizou.
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