Presidente do Clube do Remo avalia criação de nova Liga

O futebol nacional parece que irá ganhar novos ares em um futuro breve. Isso porque os 40 clubes que disputam as Séries A e B do Brasileiro criarão uma liga para organizar as competições. A ideia avança para ser tirada do papel e, na última segunda-feira (28), as entidades se reuniram para ouvir propostas de três grupos interessados em participar da operação do bloco.

Os planos possuem propósitos similares, no entanto com elaborações distintas. Todos garantem a captação de recursos de bilhões de reais para refinanciamento dos déficits dos clubes e uma mudança do Campeonato Brasileiro e da Série B, além da criação de estratégias para a captação de novas receitas.

O Clube do Remo, único participante do Norte na reunião, faz parte dessa rede de clubes e esteve representado pelo presidente azulino, Fábio Bentes. De acordo com o mandatário, o Leão Azul irá fazer parte do grupo de trabalho e comissão para definir o Estatuto da Liga. Ele avaliou a reunião como algo positivo para o futuro das entidades.

"Para o Clube do Remo é uma alegria muito grande participar desse momento histórico no futebol brasileiro. A formação dessa Liga vai ser um salto gigantesco na profissionalização do futebol nacional. Agora é bom deixar claro que nenhum momento significa rompimento com a CBF. Acho que entidades nacionais podem e devem participar do processo, a exemplo do que é feito na Espanha, Inglaterra, Alemanha e em todos os demais países onde existem uma Liga, mas as federações nacionais tem seu papel importante na questão da organização e do campeonato. Acredito que com a liga vamos empoderar os clubes em algumas tomadas de decisões, potencializando ganhos e melhorando o espetáculo", destacou.

Entendendo melhor:

Os clubes têm em vista se apropriar da organização dos Campeonato Brasileiros das Séries A e B. A exemplo do que acontece nas principais ligas da Europa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) continuaria gerenciando a Seleção Brasileira e o restante das competições nacionais, como a Copa do Brasil, Terceira e Quarta Divisões.

Os projetos apresentados mostram que o futebol brasileiro está excessivamente endividado e com poucas receitas. A saída disso seria a concentração de direitos comerciais e de transmissão em um bloco, onde se multiplicaria as receitas. Isso leva em consideração os direitos de transmissão nacionais e internacionais e patrocínios vinculados às competições, como placas publicitárias.