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O NORTE NOS HOLOFOTES

Após polêmicas, paraneses brilham no palco do Rock in Rio

Gaby Amarantos, Zaynara, Gang do Eletro e Suraras do Tapajós representam a música do Norte no Rock in Rio, destacando a cultura amazônica e sua importância.

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Imagem ilustrativa da notícia Após polêmicas, paraneses brilham no palco do Rock in Rio camera Gaby Amarantos é uma das estrelas que vão representar o Norte no festival. | Divulgação

Quatro representantes da música feita no Norte do Brasil --Gaby Amarantos, Zaynara, Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós-- sobem a palcos do Rock in Rio neste sábado, 21, e domingo, 22. Mas não sem certa insistência para chegarem lá.

Quando o festival anunciou, em abril deste ano, que teria uma data dedicada à música nacional, o Dia Brasil, um buraco musical logo chamou atenção do público e de artistas. Em nenhum dos palcos havia qualquer representante da música feita do Norte, nem no show especificamente dedicado à música popular do país, que acontece no começo da noite deste sábado (21).

Grandes nomes, como as paraenses Fafá de Belém e Joelma, logo cobraram o festival em suas redes sociais. "O Norte será sempre visto como peça decorativa de festas da elite?", questionou Fafá. "O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta para fora".

Na época, o evento divulgou uma nota dizendo que as negociações de artistas que tocariam ainda não haviam acabado e que, eventualmente, eles entrariam na jogada. Entraram, e prometem colocar este espaço à altura da arte que fazem.

"O Rock in Rio sempre olhou com muito respeito para o nosso movimento, mas agora fica feio a gente ficar de fora, ainda mais num momento em que vai ter COP 30 [Conferência da ONU sobre mudanças climáticas] em Belém do Pará, com o protagonismo dos nossos artistas discutindo a Amazônia, falando do meio ambiente", diz a artista Gaby Amarantos, que representa o Pará no show da MPB hoje.

Ela, que disse que já estava em contato com Zé Ricardo, o vice-presidente artístico do festival, quando o anúncio foi feito, lembrou de quando tocou no palco Sunset do festival em 2019, no show Pará Pop, um dos melhores daquela edição --ao lado dela estavam Fafá, Dona Onete, Lucas Estrela e Jaloo.

"Eu achei muito bom e bonito o povo se manifestar [sobre a ausência dos artistas]", disse. "E é a primeira vez que uma cantora nortista sobe, pisa e canta no palco Mundo. Para mim, alcançar esse espaço é trazer a minha bandeira do Pará, ficar naquele chão e encantar o Brasil inteiro com a nossa dança".

Gaby diz que sua participação no show, pautado em hits da música brasileira, será acompanhada de um balé de Belém do Pará. Ela terá um momento solo, mas também cantará em duetos canções importantes de sua carreira --que, inclusive, renderam a ela um Grammy Latino por seu álbum "TecnoShow", de 2022.

À noite, também hoje, a mistura de batidas eletrônicas e música amazônica da Gang do Eletro se encontra com o grupo de carimbó formado por mulheres indígenas Suraras dos Tapajós.

Se Gaby Amarantos toca hoje canções que se tornaram hits nos últimos anos, amanhã é a vez da também paraense Zaynara, de 23 anos, mostrar sua música no palco Supernova --dedicado aos artistas em ascensão. Ela ficou conhecida mais recentemente com a música "Quem Manda em Mim", com participação de Pabllo Vittar, e é chamada de sucessora de Joelma por alguns.

Zaynara baseia sua música em um gênero chamado de beat melody, do qual se diz precursora, e que batiza seu álbum de estreia lançado em 2022. "É uma grande fusão de tudo o que eu cresci ouvindo. Tem música paraense, tem sonoridade de Cametá [cidade onde nasceu], eletrônica, pop, nacional e internacional. Gosto de chamar o beat melody de meu porque me dá essa possibilidade de brincar com o que eu quiser, experimentar sons", conta.

A apresentação deste domingo é também a primeira vez que a artista pisa no festival. "Isso é muito importante e eu quero viver tudo com muita consciência. Estou preparando um show com muita dança, homenagens a grandes artistas e referências para mim", diz. "Fico muito feliz em poder ser mais uma voz representando o Pará em uma edição histórica como essa".

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