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Prepare a pipoca que  o Oscar vai para...

Entrega do maior prêmio do cinema esta noite pode trazer surpresas nas categorias principais

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Imagem ilustrativa da notícia Prepare a pipoca que  o Oscar vai para... camera Considerado um filme de baixo orçamento para os padrões do Oscar, “No Ritmo do Coração” pode ser a zebra deste ano. | FOTO: DIVULGAÇÃO

De um lado, um faroeste que subverte um dos gêneros clássicos de Hollywood, produzido por um gigante do streaming, com atores famosos, diretora premiada e 12 indicações. Do outro, um delicado remake de filme francês, com elenco quase todo formado por atores surdos e indicações em apenas três categorias. “Ataque dos cães” e “No ritmo do coração” são os principais rivais no Oscar deste ano, cuja cerimônia ocorre esta noite, em Los Angeles, em uma disputa que segue embaralhada ao fim da temporada de premiações.

Recordista em indicações ao Oscar 2022, “Ataque dos cães” é visto como favorito desde o início da chamada corrida pela estatueta, conquistando vários prêmios de sindicatos e associações de crítica e imprensa. O longa dirigido por Jane Campion conquistou o Bafta, o Globo de Ouro, o Critics Choice Award e o DGA Awards, prêmio do sindicato dos diretores. Tudo leva a crer que é o filme a ser batido.

Acontece que uma pequena produção independente, orçada em apenas US$ 10 milhões (quase quatro vezes menos que “Ataque dos cães”), ameaça o sonho da Netflix de conquistar seu primeiro Oscar de melhor filme. Refilmagem da dramédia francesa “A família Bélier” (2014), “No ritmo do coração” estreou no Festival de Sundance 2021, onde teve os direitos de distribuição adquiridos pelo Apple TV+ pelo valor recorde de US$ 25 milhões.

DISCRETO

O filme dirigido por Sian Heder teve trajetória discreta por quase toda temporada, mas parece crescer no momento certo. Nas últimas semanas, conquistou dois dos mais importantes prêmios que servem de termômetro para o Oscar: o SAG Awards de melhor elenco e o PGA Awards de melhor filme. Os prêmios dos sindicatos dos atores e produtores, respectivamente, ajudaram a deixar a corrida pela estatueta um pouco mais indefinida.

Will Smith é tido como franco favorito ao prêmio de Melhor Ator por “King Richard: Criando Campeãs”
📷 Will Smith é tido como franco favorito ao prêmio de Melhor Ator por “King Richard: Criando Campeãs” |FOTO: DIVULGAÇÃO

Após conquistar todos os principais prêmios da temporada (SAG Awards, Bafta, Critics Choice Award e Globo de Ouro), Will Smith é aposta certa para o prêmio de melhor ator por “King Richard: criando campeãs”. Também é difícil imaginar cenário em que Ariana DeBose (“Amor, sublime amor”) não leve para casa a estatueta de melhor atriz coadjuvante.

Vencedor do Globo de Ouro, Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos cães”) chegou a ser apontado como franco favorito na corrida de melhor ator coadjuvante, mas perdeu força nas últimas semanas. No momento, o nome de Troy Katsur (“No ritmo do coração”) tem bem mais chances após as conquistas do SAG Awards, do Bafta e do Critics Choice Award.

Indefinida mesma parece a disputa por melhor atriz. Jessica Chastain tomou a dianteira após levar o SAG Awards e o Critics Choice Award pelo trabalho em “Os olhos de Tammy Faye”. O grande trunfo da atriz é nunca ter conquistado um Oscar, diferentemente das competidoras Nicole Kidman (“Apresentando os Ricardos”), Olivia Colman (“A filha perdida”) e Penélope Cruz (“Mães paralelas”). Kristen Stewart (“Spencer”), que também nunca conquistou uma estatueta, perdeu força após nem concorrer ao prêmio do sindicato dos atores.

De casa, vale petisco, gráficos e bolão

Os amantes do cinema certamente estarão com os olhos vidrados na tela esta noite para acompanhar a cerimônia de entrega do 94º Oscar, direto de Los Angeles, na primeira cerimônia presencial após o início da pandemia. A partir das 21h, a entrega do prêmio será transmitida na televisão pelos canais pagos TNT e TNT Series, e pelo Globoplay, com acesso liberado para não assinantes, e participação das paraenses Carol Ribeiro (TNT) e Dira Paes (Globoplay) na transmissão.

Fã de cinema e do Oscar, o arquiteto Kenny Nogueira pede vinho, pizza e debate no WhatsApp a noite de premiação FOTO: ACERVO PESSOAL
📷 Fã de cinema e do Oscar, o arquiteto Kenny Nogueira pede vinho, pizza e debate no WhatsApp a noite de premiação FOTO: ACERVO PESSOAL |FOTO: ACERVO PESSOAL

Muito antes do tapete vermelho receber suas celebridades, os fãs da premiação já se preparam em casa. “Eu começo a assistir às seis da tarde, já vendo alguns vídeos antes. Começo antes, na verdade. Sexta e sábado tem uns podcasts falando por três a quatro horas do Oscar. No domingo à tarde, já escolhi o vinho, comprei o refrigerante, a pipoca e começo a pensar na pizza que vou pedir. Eu gosto de assistir sozinho em casa, mas tem um grupo de cineclube no WhatsApp onde a gente vai comentando ao longo da cerimônia”, detalha o arquiteto Kenny Nogueira.

O professor de inglês e youtuber Matheus Beltrão conta que já deixou de comemorar aniversário só para não perder a premiação. “Se tornou algo que todo ano preciso assistir. Já calhou de eu estar viajando, cair no dia do meu aniversário, com todo mundo querendo sair para comemorar e eu ficar no hotel para assistir”, conta. Ele diz que não sabe explicar muito bem quais os motivos que movem tamanha paixão.

“Talvez o glamour em torno do Oscar. Eu gosto de assistir ao tapete vermelho também, e assisto a todos os filmes que concorrem nas categorias principais, acompanho os atores que estão indicados nas categorias principais e faço minhas apostas. Nos últimos três anos, tenho acertado todos. Esse está complicado, tem umas situações que deixam a gente atordoado”, comenta Matheus.

O empresário Marcos Eluan, um cinéfilo bastante conhecido por ser sócio da livraria Fox - que começou como locadora de vídeos e tradicionalmente sempre realizou eventos relacionados ao Oscar -, é uma dessas fontes confiáveis na hora de fazer apostas para o maior prêmio do cinema mundial. Ele tem até método estatístico para isso: “Eu, como homem da área da tecnologia e de dados, tenho uma planilha onde já coloco todos os prêmios, cotações, faço uma média desses dados e normalmente acerto de 18 a 20 categorias, não pelo gosto pessoal, mas pelos números mesmo”, diz ele.

No cerne desta paixão, claro, está a própria magia do cinema. Todos eles são cinéfilos, até com projetos paralelos dedicados a isso. Marcos recebe todos os anos na Fox uma roda de debate sobre o Oscar; Kenny, que há cinco anos participa dessa programação, também costuma usar seu perfil no Instagram (@arquitetogourmet) para, vez por outra, comentar sobre o mundo do cinema, e compartilhar o que vem assistindo. E Matheus, que também usava o Instagram, agora passou a ter um canal no YouTube (@cinecommatt) dedicado ao assunto, incluindo bate-papos com outros cinéfilos sobre a premiação.

“Eu gosto de acompanhar os críticos, converso com pessoas próximas que gostam muito de cinema, que também acompanham o Oscar, para falar das expectativas, das apostas, da qualidade dos filmes naquele ano, até para ver se estou por dentro do que eles estão pensando ou numa bolha. E sempre reúno com amigos no dia para assistir, a gente leva comida, abre um vinho, bate papo. É um dia muito especial”, diz Matheus.

Categoria de filme estrangeiro gera grande expectativa

Nos últimos anos, a categoria de melhor filme internacional no Oscar tem sido um dos destaques da premiação. Não só por trazer alguns dos principais competidores - e vencedores - de outras categorias, sinalizando possíveis rumos para o resto da noite, mas também por laurear países diferentes e com poucas (ou nenhuma) estatuetas para chamar de suas. Este ano, o japonês “Drive my car” é uma das apostas ao prêmio.

O último vencedor, “Druk - Mais uma Rodada”, que também disputava pela melhor direção, com Thomas Vinterberg, deu o quarto troféu para a Dinamarca, que havia sido premiada nas edições de 1988, 1989 e 2011.

O japonês “Drive My Car” para muitos é o “Parasita” do Oscar 2022
📷 O japonês “Drive My Car” para muitos é o “Parasita” do Oscar 2022 |FOTO: DIVULGAÇÃO

Já os antecessores do dinamarquês, “Parasita”, “Roma” e “Uma Mulher Fantástica”, renderam prêmios inéditos para Coreia do Sul, México e Chile, respectivamente, além de, no caso dos dois primeiros, abocanhar algumas das principais estatuetas da noite.

Nem sempre foi assim. Entre 1948 e 1956, a Academia entregava prêmios honorários a alguns filmes em língua estrangeira lançados nos Estados Unidos - não havia competição ou mesmo regularidade na entrega, já que em 1954 a categoria passou em branco.

Nesses anos iniciais, os prêmios se alternaram entre Itália, França e Japão - na edição de 1951, França e Itália chegaram a, inclusive, dividir o prêmio, com “Três Dias de Amor”, uma coprodução dos dois países.

Essa dianteira conquistada nos anos iniciais pelas três nações se manteve até hoje. Com 14 estatuetas, a Itália é o país mais premiado, seguido por França, com 12, e Japão, Espanha e Dinamarca, com quatro prêmios cada um.

A Europa detém 78% dos troféus entregues até hoje, com 58 estatuetas. Em seguida, vem a Ásia, com oito prêmios; América Latina, com quatro; África, com três; e um prêmio para o Canadá.

Indicado em quatro oportunidades, com “O Pagador de Promessa”, de 1963, “O Quatrilho”, de 1996, “O Que É Isso, Companheiro?”, de 1998, e “Central do Brasil”, de 1999, o Brasil nunca foi premiado na categoria.

CERIMÔNIA

A cerimônia do Oscar 2022 será conduzida em Hollywood pelas atrizes Regina Hall, Amy Schumer e Wanda Sykes. As atrizes Jennifer Garner, Jamie Lee Curtis e Lupita Nyong’o, e os atores Elliot Page, Bill Murray, Samuel L. Jackson, Wesley Snipes e John Travolta, além do DJ Khaled, Halley Bailey e Shaw Mendes estão entre os apresentadores das categorias da premiação deste ano.

As cantoras Billie Eilish e Beyoncé subirão ao palco do Dolby Theater para apresentarem as canções pelas quais concorrem à estatueta.

Eilish vai se apresentar com seu irmão, Finneas O’Connell, e está na corrida com “No Time to Die”, tema de “007 - Sem Tempo para Morrer” – último longa do agente secreto estrelado por Daniel Craig, e que concorre a outros dois prêmios –, enquanto Beyoncé tenta levar a melhor com “Be Alive”, tocada no filme “King Richard: Criando Campeãs” – com Will Smith, e que também soma outras cinco indicações. É a primeira vez de ambas as artistas na premiação.

Também terão apresentações os cantores Sebastián Yatra – com “Dos Oruguitas”, da animação “Encanto”, da Disney –, e Reba McEntire – com “Somehow You Do”, do longa “Quatro Dias com Ela”, só indicado nesta categoria.

Alegando conflitos em sua agenda, apenas o cantor Van Morrison não apresentará “Down to Joy”, do longa “Belfast” – que soma sete indicações ao todo.

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