
As relações sexuais são, comprovadamente, importantes para manter o bem-estar físico e mental. Além disso, após um dia cansativo, o ato pode ajudar a relaxar. Porém, nem todo mundo pode ficar feliz ao perceber outros casais em profundos atos de amor.
Um condomínio residencial em São José, na Grande Florianópolis, está no centro de uma controvérsia após a aprovação de uma regra considerada inusitada: a proibição de relações sexuais entre moradores depois das 22h. A medida, apelidada nas redes sociais de “toque de recolher do amor”, rapidamente viralizou e dividiu opiniões.
Segundo relatos, a norma foi discutida e aprovada em assembleia condominial depois de diversas queixas de barulho durante a madrugada. Entre as reclamações estariam gemidos, batidas de cabeceira e conversas em tom elevado que estariam incomodando vizinhos.
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O regulamento prevê punições progressivas. Na primeira ocorrência, o morador receberia uma notificação por escrito. Em caso de reincidência, seria aplicada uma multa no valor de R$ 237.
O texto também prevê medidas ainda mais polêmicas: se o problema persistir, gravações de áudio poderiam ser expostas em reuniões no salão de festas, e há até a possibilidade de instalação de sensores de decibéis nos corredores do condomínio.
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A decisão repercutiu nas redes sociais, com internautas ironizando a medida e questionando sua legalidade. Especialistas em direito condominial lembram que normas desse tipo podem ser contestadas judicialmente, já que podem ferir direitos de intimidade e liberdade individual.
Proibições inusitadas em condomínios brasileiros
Além do caso de São José, outras proibições em condomínios brasileiros chamaram atenção de muitas pessoas já que a vida em condomínio exige convivência coletiva e, por isso, está sujeita a regras internas.
Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, alguns prédios proibiram até mesmo churrasqueiras elétricas, alegando risco de incêndio, fumaça e odores fortes. A medida foi alvo de protestos de moradores que defendiam o direito de utilizar seu espaço privativo como quisessem.
As áreas comuns também foram alvo de normas incomuns. Há condomínios que vetaram bicicletas, patins e skates nos pátios e garagens, sob a justificativa de evitar acidentes e preservar o piso. Pais de crianças e adolescentes contestaram as regras, afirmando que limitavam o lazer dentro do próprio ambiente residencial.
Em outro ponto delicado, alguns condomínios ainda tentaram proibir animais de estimação, inclusive cães e gatos de pequeno porte. Apesar disso, a Justiça tem reiterado que os moradores podem manter pets desde que não causem riscos à segurança ou perturbação ao sossego. Já em relação à estética, houve casos de prédios que vedaram roupas e toalhas à mostra nas sacadas, alegando preocupação com a “harmonia visual” da fachada.
Esses episódios mostram como a tentativa de equilibrar ordem, estética e bem-estar coletivo pode, em certas ocasiões, gerar polêmicas e até ultrapassar os limites da legalidade. Para especialistas, regras de convivência devem sempre respeitar direitos individuais e estar alinhadas à legislação vigente.
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