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PASSARINHO FRITO

Conheça a ave que era frita e vendida como fast food na Roma Antiga

Descoberta arqueológica em Maiorca revela que aves eram consumidas como comida de rua e não apenas por elites

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Imagem ilustrativa da notícia Conheça a ave que era frita e vendida como fast food na Roma Antiga camera Local onde funcionava o "fast-food" antigo | Dave & Margie Hill/Kleerup

Muito antes do hambúrguer e da pizza dominarem as esquinas das cidades, os romanos já saboreavam suas próprias versões de fast-food, e um ingrediente curioso era presença garantida: o tordo-comum, uma pequena ave migratória de canto melodioso.

Pesquisadores que escavavam ruínas da antiga cidade de Pollentia, hoje localizada na ilha de Maiorca, na Espanha, encontraram restos de aves em uma fossa próxima ao fórum romano.

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O local, datado entre 1 a.C. e 1 d.C., ficava junto a uma espécie de taberna e revelou um detalhe surpreendente: ossos de tordos estavam entre os achados mais frequentes, sugerindo um consumo massivo da ave.

O pequeno Tordo estava no cardápio dos romanos
📷 O pequeno Tordo estava no cardápio dos romanos |Frank Vassen/Wikimedia Commons

Apesar de registros históricos indicarem que tordos eram considerados uma iguaria de luxo, os indícios apontam para um cenário mais democrático. Os ossos encontrados, em sua maioria, eram das extremidades das asas, pernas, esternos e crânios, partes com menos carne.

Já os ossos das regiões mais carnudas, como fêmures e úmeros, estavam ausentes ou pouco representados. Isso indica que as aves eram processadas de forma a deixar o que era consumido em outro local, possivelmente vendido diretamente como alimento pronto.

Mais curioso ainda: não foram detectadas marcas de corte ou de calor, o que sugere que os tordos eram fritos inteiros em óleo, um preparo rápido, barato e ideal para o consumo em ambientes urbanos, como tabernas ou bancas de comida.

O achado lança luz sobre os hábitos alimentares romanos e desmonta a ideia de que apenas os ricos desfrutavam dessa carne. Mesmo com menções ao tordo no “Edito Máximo” do imperador Diocleciano, que estabelecia preços para produtos de luxo, a presença abundante da ave em uma área pública indica seu consumo por uma população ampla, inclusive os menos abastados.

Além disso, o fato de os tordos serem aves migratórias mostra como os romanos aproveitavam ciclos naturais para diversificar sua dieta e movimentar a economia urbana.

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Segundo os arqueólogos, essa descoberta muda a percepção sobre o papel da comida de rua na Roma Antiga, revelando que, desde os tempos imperiais, a praticidade e a sazonalidade já influenciavam o que se colocava à mesa, ou, mais precisamente, nas mãos dos transeuntes famintos das cidades romanas.

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