
Quem mora em apartamento sabe que em muitas ocasiões conciliar o pet de estimação com o espaço pode ser um desafio. Animais de porte grande como cachorros, por exemplo tendem a ter um espaço reduzido.
Animais como gatos, cães de pequeno, médio ou grande porte passam a ocupar ambientes compactos, com áreas restritas, janelas teladas com redução do tempo para estímulos externos.
A dinâmica envolve que o animal possa se adaptar à moradia e traz desafios importantes para o bem estar físico e mental, que inclui me algumas situações apoio especializado, como a manipulação de florais e fitoterápicos que controlem a ansiedade.
Assim como as pessoas, os animais sofrem com o confinamento. “A limitação de espaço reduz a possibilidade de expressão de comportamentos naturais dos cães e gatos, o que pode levar a quadros de estresse, ansiedade, agressividade, hiperatividade, lambedura excessiva, miados e latidos persistentes, entre outros problemas comportamentais e de saúde”, explica a médica-veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.
Manter a rotina estruturada é importante
A rotina é uma das estratégias mais importantes para manter o equilíbrio emocional dos animais que vivem em ambientes fechados. Cães, por exemplo, precisam de caminhadas diárias que vão além de urinar e evacuar. Esses momentos devem ser ricos em estímulos, com tempo e atenção dedicados à observação do ambiente, socialização e, principalmente, ao faro – comportamento instintivo e extremamente importante para a saúde mental dos cães.
"Farejar durante o passeio é, para o cachorro, como ler o jornal do dia. Ela capta informações sobre outros animais, território e até o estado emocional dos colegas de espécie. Impedir ou apressar esse momento equivale a negar um estímulo essencial", complementa Farah.
A especialista destaca ainda que quem tem cães mais ativos ou tutores com uma rotina intensa, buscar alternativas como creches especializadas, serviços de passeadores e atividades direcionadas com adestradores são boas opções.
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“Essas soluções oferecem não apenas atividade física, mas também enriquecimento cognitivo, socialização e redução do tédio, o que é fundamental para evitar comportamentos destrutivos e compulsivos”, alerta a veterinária.
Gatos também precisam de estímulos
Muitos acreditam que os gatos se adaptam melhor à vida em apartamentos, por serem considerados mais independentes. No entanto, a ausência de estímulos pode ser igualmente prejudicial para eles. A falta de variedade no ambiente pode levar à apatia, obesidade, ansiedade ou quadros de agressividade e estresse crônico. Por isso, o enriquecimento ambiental também é essencial para os felinos. “A presença de prateleiras em diferentes alturas, esconderijos, brinquedos interativos e acesso a janelas teladas para observar o movimento externo são ferramentas fundamentais para manter o gato mentalmente ativo”, explica Farah. Além disso, o contato com o sol, mesmo que indireto, é benéfico para a saúde óssea e a regulação hormonal dos felinos.
Brincadeiras, vínculo e enriquecimento ambiental
Interações positivas com o pet diariamente estimulam a saúde e o bem estar animal. A prática fortalece o vínculo e reduz a sensanção de isolamento nos apartamentos.
Bolinhas recheadas com petiscos, circuitos de obstáculos improvisados, brinquedos sonoros ou com texturas diferentes são formas acessíveis e eficazes de transformar o ambiente.
Medicamentos manipulados podem ser aliados na saúde dos pets
Alguns animais apresentam quadros de ansiedade mesmo com todas as adaptações. Especialmente cães e gatos resgatados de situações de maus-tratos podem ter quadros mais acentuados da condição.
Além do suporte de um especialista, o uso de medicamentos como fitoterápicos ou florais podem ser boas opções considerando peso, espécie e necessidades específicas.
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