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Lagartixas ou "osgas" realmente chupam sangue humano? Saiba

Os animais são vistos frequentemente em casas e apartamentos

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Imagem ilustrativa da notícia Lagartixas ou "osgas" realmente chupam sangue humano? Saiba camera As osgas, como frequentemente são chamadas na região norte, são cercadas de curiosidades | Reprodução

Elas fazem parte do nosso cotidiano, mesmo que, na maioria das vezes, passem despercebidas no convívio com humanos. As lagartixas ou osgas, como o bicho é chamado pelos paraenses, vivem cercadas de mitos. O primeiro e mais clássico deles é que chupam o sangue de seres humanos. Será? Vamos descobrir juntos.

Logo de cara lhe dizemos: não, elas não são sanguessugas! Muito pelo contrário, possuem atuação muito importante no controle de pragas, como aranhas, escorpiões e insetos, como os mosquitos (até mesmo o da dengue), moscas e baratas, controlando essas populações. E ao contrário do que muitos pensam, o animal se alimenta também de frutas.

Se engana quem pensa que as lagartixas (osgas), são apenas de uma espécie. Só no Brasil, existem aproximadamente 276, sendo 125 apenas na região Norte. E não, elas não representam nenhum risco aos seres humanos. As informações foram coletadas de uma matéria feita pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

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Em cativeiro, as osgas vivem cerca de nove anos. Mas fora dele, até por conta dos predadores, essa média de vida se torna bem menor.

Uma curiosidade muito interessante sobre os animais é a autotomia caudal, que é o fenômeno de soltar a cauda quando se sentem ameaçadas. Por isso, não é difícil encontrarmos apenas a cauda da lagartixa dentro de casa.

ELAS PODEM NÃO SER DAQUI

Elas podem ser ovíparas ou vivíparas, com populações compostas por machos e fêmeas. Algumas espécies, porém, são partenogenéticas, ou seja, a sua população é composta somente por fêmeas e as filhas são clones das mães. Mas, um detalhe chama a atenção, elas podem não ser nativas da nossa região.

Segundo a bióloga Annelise D´Angiolella, professora da Ufra, campus Capitão Poço, uma delas é a Lepidodactylus lugubris, originária do sudoeste do pacífico e que vem colonizando a região norte. Em Belém, os primeiros registros são de 2015.

“A Lepidodactylus lugubris é noturna e está mais adaptada ao ambiente urbanizado, podendo ser encontrada em casas e prédios. Uma característica marcante do animal é um dos comportamentos de defesa, quando enrola a cauda lateralmente para chamar a atenção do predador para a cauda, enquanto ele pode tentar uma fuga. Na nossa região, ela não tem predadores, então pode competir por espaço e alimento com lagartixas nativas, mas, por enquanto, não representa tanto perigo para estas”, diz.

MITO DESMISTIFICADO?

Então para com a tua "leseira" de achar que esse pequeno animal vai chupar teu sangue. Muito pelo contrário, elas te poupam de muita "dor de cabeça".

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