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"Nuvem de cocô" empesta banheiro após descarga, diz estudo

Parece brincadeira, mas a pesquisa é séria e mede índices de contaminação principalmente em banheiros públicos. Os pesquisadores constataram que, depois de usados, esses lugares têm alto número de partículas contaminantes por toda parte.

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Imagem ilustrativa da notícia "Nuvem de cocô" empesta banheiro após descarga, diz estudo camera Estudo recomenda melhora a ventilação em banheiros para evitar contaminações. | Reprodução

Se você já precisou usar um banheiro público, sabe que todo cuidado é pouco, já que o fluxo de pessoas nesses espaços costuma ser grande e a limpeza nem sempre acompanha esse ritmo.

Um novo estudo, publicado no periódico Physics of Fluids, só confirma o que muita gente já desconfiava: esses ambientes têm alto número de partículas contaminantes por toda parte. Inclusive no ar.

Os pesquisadores da Florida Atlantic University's College of Engineering and Computer Science avaliaram o volume de partículas contaminantes que eram despejadas no ar após a descarga de vasos sanitários. Três horas e mais de 100 descargas depois, os pesquisadores notaram um aumento substancial nos níveis de aerossóis do ambiente.

De acordo com os especialistas, os aerossóis são partículas microscópicas que ficam suspensas no ar por muito tempo, uma espécie de "nuvem" que pode carregar cocô, urina, vômito e até microrganismos causadores de doenças. Esse material costuma ficar acumulado no vaso sanitário e nos mictórios. O problema é que, ao dar descarga, eles acabam se espalhando pelo ar, aumentando as chances de contaminação de quem está no ambiente.

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Os cientistas analisaram um banheiro público que foi limpo um dia antes da análise. O sistema de ventilação padrão, disseram, estava funcionando normalmente. A medição foi feita a partir de um contador de partículas posicionado em várias alturas do vaso sanitário e mictório para detectar a quantidade e o tamanho das gotas geradas após a descarga. O teste foi feito tanto em vasos sanitários com tampa fechada como aberta.

Ambos geraram grandes quantidades de gotículas com menos de 3 micrômetros de tamanho, o que apresenta um risco de transmissão significativo caso elas estejam contaminadas com alguma doença, já que essas gotas podem permanecer suspensas por muito tempo, disseram os pesquisadores.

Os especialistas notaram ainda que, quando os vasos têm tampas e elas são fechadas antes da descarga, o volume de partículas jogadas no ar é menor, mas não muito, o que sugere que as gotículas acabam escapando pelos espaços entre a louça e o assento. Os autores do estudo sugerem que é preciso melhorar a qualidade do sistema de ventilação desse tipo de ambiente para evitar o acúmulo de partículas contaminantes tanto nos ambientes como no ar.

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