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PROBLEMA COM VIBRADOR

Síndrome da vagina morta existe? saiba mais sobre a polêmica 

Apesar de ter ganhado força com diversos rumores, médicos e especialistas afirmam que não há nenhum problema relacionado ao uso de vibradores sexuais.

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Imagem ilustrativa da notícia Síndrome da vagina morta existe? saiba mais sobre a polêmica  camera O uso de vibradores por mulheres é recomendado por muitos especialistas | (Shutterstock)

Há algum tempo, circulam informações acerca de uma narrativa urbana que tem o potencial de instilar medo na mulher mais intrépida: a temível "Síndrome da Vagina Morta". Essa condição, traduzida livremente, implica em uma notável e progressiva redução de sensibilidade após a utilização repetida de dispositivos vibratórios.

De acordo com as teorias circulantes, a frequente dependência feminina de brinquedos sexuais cria uma espécie de resistência à estimulação clitoriana e vaginal, tornando o orgasmo inatingível tanto com aparelhos quanto com parceiros reais.

Ao longo do tempo, a vagina, supostamente, chega a "falecer", transferindo o prazer para um reino além do alcance.

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Independentemente da origem dessa narrativa, a verdade é que ela não condiz com a realidade. Na prática, trata-se apenas de mais um tabu destinado a restringir a sexualidade feminina e incitar sentimentos de culpa associados à masturbação.

Não há, na literatura médica, evidências que confirmem a existência da condição relacionada à Síndrome da Vagina Morta.

Entorpecimento Temporário

O que ocorre é que, após uma estimulação prolongada, qualquer órgão do corpo perde temporariamente a sensibilidade, ficando momentaneamente dormente. A sensibilidade normalmente retorna em poucas horas ou no dia seguinte. Essa dormência é temporária e não representa risco algum.

No entanto, se a mulher se envolver em outra sessão de masturbação com o brinquedo ou na penetração do parceiro imediatamente após um orgasmo com vibrador, é evidente que a sensação experimentada será reduzida.

A estimulação vaginal frequente por meio da introdução de brinquedos de maiores dimensões pode acarretar o risco de lacerações. Isso pode resultar em tecido cicatricial, o que pode causar desconforto durante as relações, mas não está relacionado à sensibilidade prejudicada.

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Conforme uma pesquisa citada pela ginecologista e obstetra Shazia Malik, do Reino Unido, os efeitos de dessensibilização após o uso de vibração nas mãos desapareceram em cerca de uma hora - e o mesmo pode ser aplicado à vagina. Outro estudo indicou que apenas 0,5% das mulheres relataram perda de sensibilidade por mais de um dia após o uso de um vibrador.

Longa Vida às Vaginas

Vale ressaltar que o uso de vibradores por mulheres é recomendado por muitos especialistas. Não apenas auxiliam as mulheres a compreender seu próprio corpo e a descobrir as áreas que proporcionam mais prazer, mas também podem ser incorporados em várias atividades e jogos a dois. Além disso, foi comprovado que esses dispositivos oferecem diversos benefícios à saúde, permitindo que a vagina seja fonte de prazer e bem-estar por um período prolongado.

Conforme as pesquisas de Mary Jane Minkin, professora obstétrica, ginecologista e de ciências reprodutivas da Universidade de Medicina de Yale (EUA), o vibrador tem efeitos benéficos para as mulheres durante o climatério e após a menopausa, quando enfrentam atrofia vaginal devido à diminuição dos hormônios, secura na região, infecções no trato urinário, coceira e dores durante a relação sexual. O uso regular do vibrador aumenta o fluxo sanguíneo e a lubrificação vaginal, reduzindo a atrofia vaginal e os demais sintomas.

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