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AGOSTO VERDE CLARO

Linfoma: tudo o que você precisa saber sobre o câncer do sangue

Agosto é o mês de conscientização sobre linfomas. Entenda os tipos, sintomas e tratamentos desse câncer que afeta milhares de brasileiros

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Imagem ilustrativa da notícia Linfoma: tudo o que você precisa saber sobre o câncer do sangue camera Tipo de câncer no sangue que atinge mais de 12 mil brasileiros por ano | Foto: Reprodução/Canva

Os atores Reynaldo Gianecchini e Edson Celulari, a autora Glória Perez, a ex-presidente Dilma Rousseff, o cantor Jorge Aragão e o comentarista esportivo Caio Ribeiro são exemplos de pessoas conhecidas que foram acometidas por um linfoma, câncer que atinge o sistema linfático.

Atualmente, o cantor Netinho, ícone do axé baiano, de 58 anos, está fazendo tratamento contra um linfoma, diagnosticado em fevereiro deste ano. O artista se prepara para um transplante de medula.

Netinho procurou atendimento médico por causa de dores nas costas e nas pernas e chegou a ficar quase um mês internado. Ele compartilha com seus fãs, nas redes sociais, cada etapa do tratamento, sempre demonstrando fé e positividade.

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Netinho, que alcançou grande popularidade na década de 1990 com o hit “Milla” e outros sucessos, está na fase final da quimioterapia e, em seguida, será submetido a um transplante autólogo. Ou seja, utilizará suas próprias células-tronco para substituir a medula óssea comprometida, sem a necessidade de um doador.

O transplante de medula pode ser de dois tipos: autólogo, quando as células-tronco provêm do próprio paciente, como no caso de Netinho, e alogênico, quando há necessidade de um doador compatível. O procedimento pode ser realizado com células retiradas diretamente da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical.

O linfoma é um tipo de câncer do sangue, assim como a leucemia, que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo contra infecções e doenças. “O linfoma compromete o pleno funcionamento desse sistema de defesa, o que pode torná-lo menos eficaz no combate a infecções”, explica a hematologista Camila Marca, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Médica hematologista do CTO, Camila Marca
📷 Médica hematologista do CTO, Camila Marca |Foto: Divulgação

O câncer linfático possui diversos subtipos, mas é classificado em dois principais: o Linfoma de Hodgkin, que geralmente é identificado na região do pescoço ou do tórax e apresenta crescimento rápido e agressivo. Ele é mais comum entre adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 29 anos, ou em pessoas acima dos 55 anos. Já o Linfoma não-Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo e costuma ter um crescimento mais lento, afetando predominantemente pessoas mais velhas.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 12.040 novos casos da doença por ano no Brasil. Os homens são mais acometidos, com 6.420 casos, contra 5.620 em mulheres. O número de mortes registradas em 2021 foi de 4.469.

Sinais e sintomas – O primeiro sinal da doença é o aumento indolor de algum gânglio linfático, o surgimento de alguma íngua no pescoço, axilas ou virilhas. Além disso, também pode ocorrer febre, suor noturno, emagrecimento sem causa aparente ou aumento do volume do baço, com desconforto abdominal, sensação de estufamento. Tosse persistente por semanas também deve ser avaliada.

A ciência ainda não consegue apontar a causa exata dos linfomas e não existe um protocolo de rastreamento da doença, mas existem fatores de risco. “Infecções virais, como as causadas pela hepatite, pelo HIV e Epstein-Barr, exposição a produtos químicos como benzeno, derivados do petróleo e certos agrotóxicos são fatores de risco. Profissionais como cabeleireiros, pintores e agricultores têm o maior risco de serem cometidos pela doença", explica a hematologista Camila Marca.

Diagnóstico e tratamento – Após a avaliação e palpação do linfonodo doente por um médico, é essencial retirar uma amostra para análise, pois existem outras causas para o aumento das ínguas, como infecções virais e bacterianas. O diagnóstico definitivo de linfoma é feito por meio da biópsia do linfonodo doente. Nesse procedimento, o linfonodo inteiro é retirado cirurgicamente e enviado para análise.

"O tratamento envolve uma variedade de abordagens terapêuticas, desde radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, até o transplante de medula óssea. Temos avançado muito nos tratamentos, proporcionando altas taxas de sobrevida e cura para os pacientes", explica a hematologista.

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Campanha “Agosto Verde Claro”

A melhor forma de prevenção ainda é a informação e a conscientização. A campanha foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e agosto é o mês de conscientização e combate aos linfomas. O principal alerta é sobre a importância do diagnóstico precoce.

"Como existe um protocolo de rastreamento específico para o linfoma, como acontece com outros tipos de câncer, é fundamental estar atento aos sinais do corpo e buscar atendimento médico ao perceber algo diferente", alerta a médica.

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