plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
EVOLUÇÕES NO TRATAMENTO

Confira três grandes avanços contra o câncer de mama

Estudos revelam progresso no tratamento contra a doença, apesar dos desafios. Confira!

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Confira três grandes avanços contra o câncer de mama camera No país, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil novos diagnósticos devem ser registrados ainda em 2025. | Foto: Reprodução

Um dos cânceres que mais causam mortes de mulheres no Brasil, o câncer de mama tem grande incidência no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,3 milhões de novos casos são registrados todos os anos.

No país, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil novos diagnósticos devem ser registrados ainda em 2025.

Quando se fala no tratamento dessa neoplasia, existem três grandes vertentes: a cirurgia, ainda essencial para a cura da maioria das pacientes; a radioterapia, usada em cerca de 60% dos casos como complemento; e a terapia sistêmica, composta por medicamentos que aumentam as chances de cura.

“O que aconteceu nas últimas décadas é que, conforme fomos subdividindo o câncer de mama em algumas características, fomos desenvolvendo drogas para cada um desses subtipos. Ao tratá-los com a droga mais adequada, aumentamos significativamente a cura das pacientes”, explica o oncologista Rafael Kaliks, especialista em câncer de mama do Hospital Israelita Albert Einstein.

Nos estágios avançados da doença, quando o tumor se espalha, as chances de cura tendem a diminuir. Apesar disso, é nesse cenário que se concentram algumas das inovações mais promissores no tratamento contra o câncer de mama apresentadas na última edição do congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

O evento reuniu 45 mil médicos e pesquisadores em Chicago, nos Estados Unidos e destacou avanços baseados em testes de sangue e novas moléculas que ampliam o tempo de controle da doença, reduzem efeitos colaterais e antecipam decisões terapêuticas. Confira!

Tratamento precoce guiado por biópsia líquida

Um dos estudos mais comentados da Asco testou uma ideia simples: avaliar se trocar o tratamento antes que o câncer dê sinais de que está avançando pode fazer diferença. No ensaio clínico Serena-6, mulheres com câncer de mama metastático do tipo ER+ e HER2 negativo foram acompanhadas com um exame de sangue periódico, chamado biópsia líquida, capaz de identificar mutação no gene ESR1 no material genético (DNA) tumoral circulante. Essa mutação pode indicar resistência ao tratamento hormonal.

Quer mais notícias sobre Saúde? Acesse nosso canal no WhatsApp

“O interessante desse trabalho é que, em vez de esperarem a progressão clínica da doença (que se manifestaria por sintomas ou exames radiológicos alterados), eles acompanharam pacientes seguindo o tratamento tradicional e dosaram no sangue, a cada dois a três meses, a presença da mutação do gene ESR1”, explica Kaliks, que acompanhou o evento em Chicago.

O estudo mostrou que antecipar a troca teve efeito: entre as mulheres que mudaram de terapia, a doença se manteve controlada por 16 meses, em média, contra 9,2 meses no grupo que seguiu com a abordagem tradicional.

Nova droga oral contra resistência hormonal

Outro estudo clínico testou uma nova droga oral que age de forma diferente dos medicamentos atuais: em vez de apenas bloquear o receptor de estrogênio, ela o destrói dentro da célula.

Denominado vepdegestrant, o medicamento foi comparado ao fulvestranto, tratamento padrão nesses casos. Nos resultados da investigação, pacientes que usaram a nova droga conseguiram controlar a doença por cinco meses, em média, contra 2,1 meses com o tratamento tradicional

"Drogas inteligentes" na primeira linha de tratamento

Um dos tratamentos mais eficazes para o câncer de mama HER2 positivo metastático — um dos tipos mais agressivos da doença — vem de uma estratégia que combina precisão e potência. Em vez de espalhar a quimioterapia pelo corpo todo, a ideia é direcioná-la diretamente às células doentes, poupando o que está ao redor.

Essa é a proposta dos chamados anticorpos droga-conjugados (ADCs), também apelidados de “drogas inteligentes”. Novo estudo apresentado na Asco avaliou o uso dessa tecnologia logo no início do tratamento da doença metastática, em vez de deixá-la como opção para fases mais tardias.

Apesar dos avanços, um dos principais desafios de quem tem a doença é o acesso ao tratamento. No Brasil, a Agência Nacional de Vigiância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento denominado de trastuzumabe deruxtecano, mas o mesmo não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Te Cuida

    Leia mais notícias de Te Cuida. Clique aqui!

    Últimas Notícias