plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

STF analisa recurso de Bolsonaro contra pena de 27 anos

Defesa alega cerceamento e "desistência voluntária" do golpe, enquanto ministros analisam embargos de declaração que dificilmente alteram o resultado da condenação.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia STF analisa recurso de Bolsonaro contra pena de 27 anos camera Primeira Turma do STF inicia julgamento do recurso de Jair Bolsonaro contra condenação por tentativa de golpe; decisão ocorre em plenário virtual e deve se estender até 14 de novembro. | Tânia Rego/ Agência Brasil

Em meio a um cenário político ainda polarizado e a um clima de expectativa que ultrapassa os limites do Judiciário, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira (7) a análise do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra sua condenação no caso da trama golpista. O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte, a partir das 11h, e deve se estender até o dia 14 de novembro.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, será o primeiro a votar. A turma também é composta por Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux, que havia sido o único a votar contra a condenação de Bolsonaro, não participará da análise. Após sua transferência para a Segunda Turma, em outubro, ele ficou impedido de atuar em novos casos da Primeira Turma, exceto naqueles em que figura como relator.

CONTEÚDO RELACIONADO

MÚLTIPLAS CONDENAÇÕES

Os recursos em julgamento são embargos de declaração - instrumento jurídico usado para pedir esclarecimentos sobre eventuais omissões, contradições ou erros de julgamento, mas que raramente modificam o resultado final de uma decisão. Assim, a expectativa é de que a pena imposta a Bolsonaro seja mantida.

Quer mais notícias de política? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A execução da pena, porém, só começará após a conclusão da análise do recurso.

DEFESA TENTA MANTER PRISÃO DOMICILIAR

A defesa do ex-presidente tenta assegurar que, caso o início do cumprimento da pena seja confirmado, ele possa permanecer em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde e idade avançada. Segundo a Folha de S.Paulo, o Governo do Distrito Federal enviou um ofício ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes solicitando uma avaliação médica antes de qualquer decisão sobre o local de cumprimento da pena.

O QUE DIZ O RECURSO

No recurso, os advogados de Bolsonaro afirmam que a condenação foi “injusta” e sustentam que houve cerceamento de defesa e falta de tempo hábil para analisar o processo. Eles também voltaram a questionar a validade da delação premiada de Mauro Cid, apontando "vícios" que já haviam sido rejeitados pelo STF.

A defesa alega ainda que houve "desistência voluntária" da tentativa de golpe. Segundo o documento, após reuniões com as Forças Armadas, Bolsonaro "não apenas se absteve de praticar qualquer ato formal, como também adotou postura pública de desestímulo e recuo". Os advogados insistem que a ligação do ex-presidente com os atos de 8 de janeiro não foi comprovada, argumentando que ele atuou para desmobilizar manifestantes e caminhoneiros e "ocupou-se de forma ativa em providenciar a transição de governo".

"PUNHAL VERDE AMARELO"

Outro ponto levantado pelos defensores é a ausência de provas de que Bolsonaro teria conhecimento de planos para assassinar autoridades. "É inegável que a apreensão de um documento como o 'Punhal Verde Amarelo' é fato que impressiona. Que a narrativa sobre a Operação Copa 2022 causa espécie. Mas não é isso, contudo, o que sustenta uma condenação, que depende de provas concretas e não o mero anúncio não cumprido de que a prova estaria em depoimentos que, no fim, nem sequer tratam do tema."

Além do recurso do ex-presidente, a Primeira Turma também analisa, a partir de hoje, os pedidos apresentados por outros integrantes do chamado "núcleo 1" da trama golpista: o deputado federal Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Política

    Leia mais notícias de Política. Clique aqui!

    Últimas Notícias