
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o afastamento do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), em manifestação enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido ocorre no âmbito de uma investigação que apura supostas práticas de corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro envolvendo a gestão municipal.
De acordo com o parecer da PGR, empresas contratadas pela prefeitura teriam quitado bens e imóveis de interesse pessoal do prefeito. Entre os negócios investigados está a compra de uma casa de praia em Fortaleza (CE), avaliada em R$ 4,1 milhões. O imóvel, segundo as investigações, foi registrado em nome da deputada federal Alessandra Haber (MDB-PA), esposa do prefeito, e pago por meio de depósitos feitos por cinco empresas e quatro pessoas físicas.
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O documento da Procuradoria afirma que os indícios apontam para a continuidade de práticas ilícitas, mesmo após o retorno do prefeito ao cargo, autorizado por decisão liminar do STJ em agosto deste ano. O ministro Sebastião Reis Júnior, relator do processo, deve decidir se mantém a liminar ou determina um novo afastamento.
O Ministério Público do Pará (MPPA) também apura fraudes em licitações que somam R$ 115 milhões na Prefeitura de Ananindeua. De acordo com o órgão, o proprietário de duas empreiteiras vencedoras de contratos teria custeado parte da compra de uma fazenda de R$ 16 milhões no interior do estado.
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A apuração ainda cita o pagamento de outra fazenda de R$ 1,4 milhão, R$ 300 mil referentes a um jato Cessna Citation Jet, R$ 1,1 milhão em combustível diesel e a aquisição de uma retroescavadeira de R$ 870 mil, além da residência de frente para o mar no Ceará.
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