
Casos de envenenamento envolvendo mortes premeditadas chocam pela frieza e pelo grau de planejamento. Quando tais crimes ainda incluem testes em animais e envolvem relações familiares, o impacto é ainda maior. Um caso recente no Rio de Janeiro trouxe à tona uma trama macabra que liga assassinato, crueldade com animais e uma suspeita de múltiplos homicídios por envenenamento.
Ana Paula Veloso, de 36 anos, foi presa sob suspeita de ter envenenado e matado o idoso Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, após ele consumir uma feijoada preparada com veneno. Segundo as investigações conduzidas pelas polícias civil do Rio de Janeiro e de São Paulo, a mulher teria sido contratada pela própria filha da vítima, Michele Paiva da Silva, de 43 anos, para cometer o crime. Ana Paula, natural do Rio mas então residindo em Guarulhos (SP), viajou até Duque de Caxias (RJ) com o objetivo de executar o assassinato.
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Antes de preparar a comida fatal, Ana Paula teria testado o veneno conhecido como "chumbinho" em ao menos 10 cachorros, com a intenção de avaliar a eficácia da substância e o tempo necessário para que ela fizesse efeito. De acordo com os investigadores, a suspeita buscava definir a dosagem exata a ser usada no prato que matou o idoso.
A polícia descreveu Ana Paula como uma "psicopata" e "serial killer", destacando que ela pode estar envolvida em outras três mortes por envenenamento ocorridas em Guarulhos, ainda não detalhadas pelas autoridades.
A execução do crime teria sido financiada por Michele, que pagou todas as despesas da viagem e ainda repassou R$ 4 mil para Ana Paula. A motivação para o assassinato, no entanto, não foi divulgada.
Conexão entre as suspeitas
Ana Paula e Michele se conheceram durante a faculdade de Direito, no Rio de Janeiro, onde estudaram juntas. Mesmo após Ana Paula se mudar para Guarulhos em janeiro deste ano, elas mantiveram contato próximo. A prisão de Ana ocorreu após ela registrar uma falsa denúncia de tentativa de envenenamento, na qual tentou incriminar outra pessoa, possivelmente o próprio amante, segundo a polícia, com quem teria mantido uma relação extraconjugal.
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A reportagem do UOL ainda tentou contato com as defesas de Ana Paula Veloso e Michele Paiva da Silva. O espaço segue aberto para manifestações das partes envolvidas.
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