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COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Vídeo: Eder Mauro ataca Marielle e cria confusão na Câmara

Deputado federal paraense causou briga aos gritos de "Marielle acabou" aos seis anos do assassinato da vereadora carioca

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Imagem ilustrativa da notícia Vídeo: Eder Mauro ataca Marielle e cria confusão na Câmara camera Deputado saiu aos gritos e bateu em mesa após interrupção de reunião | Reprodução

Uma confusão foi instaurada na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara de Deputados na última quarta-feira (13) após o deputado Federal Delegado Éder Mauro (PL/PA) provocar os deputados de esquerda da Comissão ao falar da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), assassinada em 2018.

O deputado disse, durante a reunião da comissão, que os deputados de esquerda defendiam bandidos, citando em específico o Pastor Henrique Vieira (PSOL/RJ) e Talíria Petrone (PSOL/RJ), do mesmo partido de Marielle. Durante a confusão, o colega de partido do delegado, Gilvan da Federal (PL/ES) começou a discutir com o restante dos parlamentares, levando ao encerramento da reunião pela presidente, Daiana Santos (PCdoB/RS).

Após o fim da reunião, durante a gritaria, Éder Mauro disse que "Marielle Franco acabou, p****!" e afirmou que ela foi morta pela esquerda. Eder Mauro é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL/RJ), que está inelegível por ameaça à democracia após participar da organização dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

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Nesta quinta-feira (14), completam seis anos do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, mortos pelos policiais Ronie Lessa e Élcio de Queiroz enquanto retornavam de evento no Rio de Janeiro. Outros dois envolvidos no crime também estão presos, e mais cinco suspeitos foram mortos durante as investigações. Segundo informações da TV Globo, o caso seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento de pessoa com foro privilegiado no crime.

Deputados federais, senadores, ministros, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas, embaixadores, vice-presidente e presidente têm foro privilegiado. A investigação corre em sigilo.

Veja o vídeo da discussão:

Repercussão

Durante a sessão da Câmara Municipal de Belém, vereadores se posicionaram contra a fala do deputado, que pretende se candidatar à prefeitura. O vereador Fernando Carneiro (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal chamou o deputado de "lixo humano" e disse que sua postura é "incompatível com qualquer grau de civilidade". A vereadora Professora Silvia Letícia (PSOL), por sua vez, disse que o deputado é "desnecessário na vida política de qualquer cidade, estado ou país".

A vereadora Gizelle Freitas (PSOL) requereu repúdio à fala do deputado. Na defesa do voto, o vereador Allan Pombo (PDT) chamou o deputado de "covarde".

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Políticos e autoridades também repudiaram a atitude do deputado.

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