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MEIO AMBIENTE

Jader pede urgência em votação que regula mercado de carbono

Diante dos debates da COP27, o senador quer aceleração na aprovação do projeto apresentado por ele que garante a remuneração a partir da manutenção da vegetação nativa, principalmente na Amazônia

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Imagem ilustrativa da notícia Jader pede urgência em votação que regula mercado de carbono camera Jader lembra que os efeitos nocivos do CO2 na atmosfera estão sendo sentidos pelo mundo inteiro. | Divulgação

Até o dia 18 de novembro deste ano, os olhos de todo o mundo estarão voltados para a cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, onde está sendo realizada a COP 27, conferência climática da ONU. O Pará está representado em um espaço reservado para os estados da Amazônia Legal, em local de representações de países que participam da Conferência.

É um feito inédito que faz da Amazônia um dos protagonistas no evento, este ano, com resultados positivos a serem apresentados aos líderes mundiais que participam da COP 27. Na agenda do Pará o destaque é a efetivação da Bioeconomia, o chamado “dinheiro verde” e a transformação da floresta em pé em ativo financeiro pela compensação de emissão de carbono na atmosfera.

Este é um dos temas principais a ser tratado na Conferência. Os arranjos de financiamento que respondem a perdas e danos associados aos efeitos adversos das mudanças climáticas, incluindo um foco em tratar de perdas e danos, é a efetivação do mercado do carbono no Brasil. “Esse tema reflete um senso de solidariedade e empatia com o sofrimento das vítimas de desastres climáticos que ocorrem, principalmente, por causa do aquecimento global, provocado pela emissão de gases poluentes que geram o efeito estufa”, ressalta o senador Jader Barbalho (MDB-PA).

Jader pede urgência em votação que regula mercado de carbono
📷 |( Divulgação )

“Com o intuito de ajudar na discussão desse assunto tão importante para o mundo todo, apresentei, em junho deste ano, o Projeto de Lei nº 1684/2022, que trata sobre a regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) previsto pela Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima”, revela o senador.

Ele lembra que esse marco regulatório é de fundamental importância, sobretudo para incentivar o desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de carbono e o incentivo a substituições tecnológicas com uso eficiente de recursos naturais, preservando o meio ambiente. “Nesse sentido, o projeto por mim apresentado busca viabilizar o cumprimento das metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) no âmbito do Acordo de Paris por meio da gradual implementação do mercado regulado e de sua integração com o mercado voluntário previstos na Lei proposta”, ressalta.

Motivado pela importância que o Projeto de Lei nº 1684/2022 tem para recolocar o Brasil no centro das discussões sobre a preservação do meio ambiente, principalmente pelo seu imenso potencial na geração de créditos de carbono, viabilizando a manutenção da vegetação nativa de uma maneira que remunere o desmatamento evitado, em especial na Amazônia Legal, Jader Barbalho pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que apoie a inclusão do projeto para votação em Regime de Urgência na Casa Legislativa.

“É uma importante ação para evitar um cataclismo, uma catástrofe mundial. É preciso limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2100 em comparação com os níveis pré-industriais”, defende o senador paraense. De acordo com a ONU, o mundo caminha para a rota de aumento da temperatura no planeta de 2,4ºC. “As consequências do efeito estufa já vem sendo sentidas em todo o mundo, através das mudanças climáticas que estão acontecendo. Chuvas intensas, secas e temperaturas elevadas são as principais consequências que têm ocasionado enchentes, derretimento das geleiras e queimadas por todo o globo. É preciso tirar do papel os acordos que são feitos e colocá-los em prática”, destaca.

COMPROMISSO

Dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso são os principais gases de efeito estufa ou GEEs. O CO2 perdura na atmosfera por até mil anos, o metano por cerca de uma década e o óxido nitroso por aproximadamente 120 anos. Durante a COP 26, o governo brasileiro apresentou uma nova meta de redução de emissões para 2030, o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028 e o objetivo de longo prazo de zerar emissões líquidas até 2050. “Não podemos seguir na contramão do restante do mundo. É uma necessidade urgente passar do discurso para a prática e é isso o que meu projeto está a propor”, conclui.

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