Rishi Sunak, ex-secretário de Finanças do Reino Unido, será o novo líder do Partido Conservador e, por consequência, o novo premiê do Reino Unido após Penny Mordaunt, sua concorrente, desistir da disputa na manhã desta segunda-feira (24).
Sunak, 42, a primeira pessoa não branca a ser eleita para a liderança britânica, vence a corrida iniciada após Liz Truss renunciar ao cargo na quinta (20) como consequência do fracasso de seu plano econômico.
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Filho de pais que emigraram de nações da África Oriental, ele tem ascendência indiana e ganhou notoriedade no país após capitanear a economia em meio pandemia de coronavírus. Sunak também foi um dos primeiros a pular fora do governo de Boris Johnson, ainda em julho, quando a gestão mergulhou em uma crise.
Boris, que renunciou ao cargo em 7 daquele mês, chegou a ser cotado para tentar novamente o cargo de premiê. Mas anunciou no domingo (23) que não entraria na disputa, abrindo vantagem para Sunak.
O ex-secretário das Finanças cometia com a líder do partido no Legislativo, Penny Mordaunt, que se notabilizou como secretária de Defesa na gestão de Theresa May, em 2019. Ela, no entanto, desistiu da corrida na manhã desta segunda.
Sunak chegou a disputar a corrida anterior pela liderança britânica, contra Liz Truss. Mas angariou pouco mais de 42% dos votos dos cerca de 160 mil membros do Partido Conservador, contra 57,4% de sua rival.
Ele é um dos políticos mais ricos do país. Seu pai é médico de família do NHS, o sistema público de saúde; sua mãe, uma farmacêutica. Ele estudou em Stanford, nos EUA, onde conheceu e se casou com Akshata Murty, filha de um bilionário indiano do ramo da tecnologia.
Akshata possui 0,91% da empresa do pai, e sua pequena porcentagem vale algo como £ 750 milhões (R$ 4,5 bilhões). O casal tem duas filhas.
Preferido dos conservadores para assumir o desafio de guiar um país em crise econômica e política e um partido em instabilidade, Sunak também despontou como o político conservador menos impopular em uma pesquisa conduzida pelo instituto YouGov com mil britânicos entre os dias 14 e 16 deste mês –antes, portanto, de Truss renunciar.
No levantamento, o futuro premiê do Reino Unido aparece com um índice de favorabilidade (que mostra o saldo de opiniões positivas e negativas) de -28. Negativa, a cifra pode parecer um balde de água fria, mas apenas se olhada fora de contexto: Mordaunt tinha -33 e Boris, -40.
Sunak também era o menos impopular entre aqueles que dizem pretender votar no Partido Trabalhista se houvesse uma eleição geral. Neste caso, seu índice de favorabilidade é de -35, contra -48 de Mordaunt e -74 do ex-premiê Boris Johnson.
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