Réveillon em Belém e na Região do Salgado terá chuvas rápidas

O fim de ano costuma ser marcado por expectativas que misturam celebração, encontros e um olhar atento para o céu, especialmente na Amazônia, onde o clima impõe seu próprio ritmo às festas. Entre nuvens carregadas, calor intenso e a força das águas, a virada do calendário no Pará mantém o padrão típico de dezembro, exigindo planejamento tanto de quem celebra quanto de quem trabalha para garantir segurança e mobilidade.

De acordo com a previsão divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), por meio da Coordenação de Monitoramento Hidrometeorológico e Qualidade do Ar (Comhar), o período de Réveillon - entre os dias 31 de dezembro e 2 de janeiro - será marcado pela continuidade das pancadas de chuva. No norte do Estado, as precipitações tendem a ser rápidas e isoladas, enquanto no sul do Pará o volume e a duração das chuvas devem ser maiores.

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Segundo o coordenador da Comhar, Antônio Sousa, o cenário está dentro do esperado para esta época do ano. Ele explica que o comportamento do clima é influenciado pelo aporte de umidade do Oceano Atlântico e pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), fenômenos característicos do mês de dezembro na região amazônica. "O clima ocorre segundo o padrão característico do mês de dezembro na Amazônia, impulsionado pelo aporte de umidade do Oceano Atlântico e pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)", esclarece.

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CHUVAS ISOLADAS

Na Região Metropolitana de Belém, que inclui a capital e o distrito de Mosqueiro, a previsão indica chuvas isoladas principalmente na madrugada, manhã e tarde, com variação de nebulosidade ao longo dos dias. No dia 31, o céu deve alternar entre parcialmente nublado e nublado, com chuvas rápidas ao longo do dia e possibilidade de precipitação leve no início da noite. Já no dia 1º de janeiro, as chuvas tendem a se concentrar no final da manhã e início da tarde, com noite sem previsão de chuva. Para o dia 2, voltam a ocorrer pancadas isoladas, sobretudo durante o dia. As temperaturas em Belém devem variar entre 23°C e 32°C, com umidade relativa do ar elevada, podendo chegar a 100%.

No Nordeste do Pará, incluindo a Região do Salgado, onde estão municípios como Salinópolis, Algodoal e Bragança, o cenário também é de céu parcialmente nublado a nublado, com chuvas isoladas principalmente durante o dia. À noite, a tendência é de redução das precipitações. Em Bragança, as temperaturas devem oscilar entre 22°C e 33°C, com umidade entre 60% e 95%. Já em Igarapé-Açu, no dia 2 de janeiro, as máximas podem alcançar até 34°C.

TÁBUA DE MARÉS

Além do clima, a Semas também chama atenção para a tábua de marés no período do Réveillon. Em Belém, a previsão para o período entre 31 de dezembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026 indica a ocorrência de quatro marés diárias em todo o Estado, com diferenças expressivas entre os níveis de maré alta e baixa. Em Belém, o período será marcado por uma elevação gradual das marés noturnas e redução das marés baixas pela manhã. No dia 31, a maré mínima ocorre às 3h04, com 0,67 metro, enquanto a máxima atinge 3,18 metros às 20h36. No dia 1º de janeiro, a maré alta da noite sobe para 3,30 metros, chegando a 3,37 metros no dia 2, às 22h29.

No litoral nordeste paraense, especialmente em Salinópolis, as oscilações serão ainda mais acentuadas. A maré alta do dia 31 alcança 4,74 metros no fim da tarde, aumentando para 4,95 metros no dia 1º e chegando ao pico do período no dia 2 de janeiro, com 5,12 metros às 18h38. As marés baixas, por sua vez, permanecem abaixo de 1 metro, reforçando o contraste entre os níveis.

MOSQUEIRO E VILA DO CONDE

Na Ilha de Mosqueiro, o padrão de quatro marés diárias também se mantém, com marés altas noturnas próximas de 3 metros no dia 31 e chegando a 3,60 metros no primeiro dia do ano. Já em Vila do Conde, no município de Barcarena, o dia 2 de janeiro terá maré alta pela manhã e novamente à noite, com pico de 3,10 metros às 23h08.

Diante desse cenário, a recomendação é de cautela para banhistas, pescadores, barqueiros e moradores de áreas sujeitas à influência direta das marés, sobretudo durante os horários de pico ao longo da virada do ano.