Depois de meses de portas fechadas, suspensão de atendimentos ao SUS e impactos diretos na assistência a gestantes e recém-nascidos, o Hospital Anita Gerosa, em Ananindeua, vai passar por uma mudança importante. Em anúncio feito nesta quarta-feira (17) nas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho, e a vice-governadora, Hana Ghassan, confirmaram a desapropriação da unidade, que dará origem a um novo Hospital Estadual Materno Infantil.
“Quando um hospital fecha, não fecha só um prédio. Fecha uma porta de cuidado”, afirmou Helder Barbalho no vídeo publicado. A medida é apresentada pelo governo como uma resposta à crise que levou à paralisação dos serviços e à perda de uma das principais referências em maternidade do município. Segundo ele, a iniciativa tem como foco garantir mais cuidado às mães, crianças e famílias.
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A vice-governadora Hana Ghassan destacou que o hospital estava fechado há mais de um ano. “Portas fechadas, gente sem atendimento. Agora isso vai mudar!”, disse. Ela ressaltou que o Estado decidiu assumir a responsabilidade diante da interrupção dos serviços. “Saúde não pode esperar”, completou.
Decreto oficializa desapropriação
O anúncio ocorre após a publicação, feita nesta segunda-feira (16), de um decreto no Diário Oficial do Estado que declara de utilidade pública parte do terreno onde funciona o Hospital Anita Gerosa, para fins de desapropriação. De acordo com o Decreto nº 5.107, assinado pelo governador, a medida atinge uma área de 13.789,82 metros quadrados, localizada no km 8 da BR-316, esquina com a Estrada do Aurá.
O imóvel será incorporado ao patrimônio do Estado e destinado exclusivamente à ampliação da rede pública de saúde, com foco na assistência materno-infantil na Região Metropolitana de Belém.
A desapropriação ocorre em meio a um cenário de crise financeira enfrentado pelo hospital, administrado pela Sociedade Beneficente São Camilo (SBSC). Meses atrás, a entidade anunciou a suspensão dos atendimentos ao SUS, convênios e particulares, incluindo a maternidade, alegando inviabilidade financeira.
Segundo a SBSC, o hospital acumulava uma dívida de cerca de R$ 3 milhões com a Prefeitura de Ananindeua e registrava um déficit mensal aproximado de R$ 800 mil, coberto pela própria instituição desde janeiro de 2023. Antes da paralisação, a unidade realizava cerca de mil atendimentos mensais e aproximadamente 200 partos por mês, sendo a única maternidade com funcionamento 24 horas no município.
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Novo hospital e ampliação de leitos
Com a desapropriação, o governo estadual promete reativar e ampliar os serviços. De acordo com Helder Barbalho, a nova estrutura contará com 60 leitos de obstetrícia e 10 leitos de UTI Neonatal. “Daqui pra frente, o Estado assume, recupera a estrutura física, e prepara para ficar tudo no padrão de qualidade que as mães e os bebês de Ananindeua e de toda a região metropolitana tanto merecem!”, afirmou.
Hana Ghassan classificou a medida como uma “resposta firme para transformar abandono em cuidado”. A intervenção direta do Estado busca reorganizar a oferta de serviços de saúde em uma das regiões mais populosas do Pará, diante das fragilidades financeiras que afetaram a unidade e deixaram famílias sem atendimento essencial.
Veja o anúncio:
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