
Na manhã de ontem (14), a campanha que incentiva o ‘sim’ à doação de órgãos e tecidos foi a protagonista no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, em Belém. Reunindo centenas de pessoas, com caminhada, palestra e roda de conversa alusivas ao ‘Setembro Verde’, a ação é promovida pela Central Estadual de Transplantes (CET), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em parceria com a Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Além destes, contaram com parceiros como Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), e voluntários da Universidade da Amazônia (Unama). A manhã começou com a caminhada pelas trilhas do parque, seguida de dinâmicas sobre o processo de doação.
Segundo o médico Alfredo Abud, coordenador da CET, o Pará tem avançado nas modalidades de transplante. “Hoje, no Pará, a gente realiza cinco modalidades de transplante de órgãos e tecidos. É o transplante de córnea, que é o nosso carro-chefe; o músculo-esquelético; o de fígado; o renal, tanto adulto como pediátrico; e o transplante de medula óssea”.
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Ele destacou que, apesar de o número de procedimentos estar em crescimento, a fila ainda preocupa, fazendo-se necessária a mobilização de mais pessoas. “Realizamos uma média de 650 transplantes de órgãos e tecidos ao longo de todo o ano de 2024. Em 2025, provavelmente, vamos superar essa meta. Na espera, só para ter uma ideia, a gente supera 500 pessoas no transplante renal. O que acontece é que, embora o número esteja crescente, as doações ainda estão muito aquém do que se espera”.
A doação só acontece após autorização familiar. Abud frisa que, para ser um doador de órgãos e tecidos, “basta você, de forma consciente, verbalizar aos seus familiares que têm o desejo de ser doador de órgãos e tecidos, para que a sua família faça valer sua vontade”.
Anderson Lucas, 23, estudante de enfermagem, conta que já participa de ações sobre doação de órgãos desde 2023. “Com certeza eu pretendo ser doador. É muito importante que a família esteja ciente da nossa vontade, porque se ela não autorizar, não vai adiantar nada. Já falei com os meus familiares e quero que o que estiver funcionando do meu corpo seja doado”.
Para Ingrid Costa, 21, estudante, o tema está em processo de reflexão pessoal. “Foi bom entender mais sobre o assunto, já estou pensando sobre para o futuro”. Já o pai dela, o motorista Glaydson Corrêa, 43, não teve dúvidas sobre sua decisão. “Eu pretendo ser doador. A gente sabe que a dificuldade para transplante é grande no país”.
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