Pará: influenciadora volta a prisão por divulgar apostas

Os jogos de azar tem se tornado cada vez mais comum no Brasil, principalmente diante da atuação de influenciadores digitais na divulgação dessas práticas. Nesta semana, a Justiça do Pará solicitou a prisão preventiva de uma influenciadora digital de Tucuruí, no sudeste do estado, após o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) identificar o descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente. O pedido foi feito pela 1ª Promotoria de Justiça de Tucuruí, representada pela promotora de Justiça Aline Martins, e foi aceito pelo juízo competente. A prisão foi confirmada durante audiência de custódia realizada nesta última terça-feira (10).

A medida cautelar descumprida proibia a investigada de divulgar ou compartilhar qualquer conteúdo relacionado a plataformas de apostas e jogos de azar nas redes sociais dela, ou em qualquer meio digital sob a titularidade dela, domínio ou uso. No entanto, segundo o MPPA, mesmo após a decisão judicial, a influenciadora voltou a promover esse tipo de conteúdo, o que motivou a solicitação da prisão preventiva por violação direta da ordem judicial.

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O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil do Estado do Pará, por meio da Superintendência Regional do Lago de Tucuruí, com apoio da 15ª Seccional Urbana e da Delegacia de Homicídios do município. Durante a ação, os agentes constataram que a investigada estava fora da cidade no momento da abordagem, o que também configurou o descumprimento de outra medida imposta de proibição de se ausentar da Comarca sem autorização judicial.

A influenciadora já havia sido alvo da Operação Hemera, deflagrada no município no dia 18 de junho de 2024. A operação teve como objetivo desarticular esquemas relacionados à divulgação de jogos de azar, estelionato, apropriação indébita e associação criminosa. Na época, o Poder Judiciário determinou a aplicação de medidas cautelares, que incluíam restrições à divulgação de determinados conteúdos nas redes sociais e controle de deslocamento territorial da investigada.

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Mesmo diante dessas imposições, o MPPA identificou novas publicações da influenciadora em que ela promovia apostas online, o que caracterizou reincidência na conduta criminosa e descumprimento deliberado das ordens judiciais. Diante disso, a promotoria entendeu que a prisão preventiva era necessária para garantir a ordem pública e evitar a continuidade das infrações. A influenciadora permanece detida e à disposição da Justiça.