
O médico pediatra, geneticista e professor emérito da Universidade Federal do Pará (UFPA), Manuel Ayres, faleceu neste domingo (24), em Belém, aos 100 anos. O falecimento foi confirmado pelo Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA), onde exerceu o cargo de conselheiro e chegou a presidir a instituição.
Natural de Óbidos, no oeste do Pará, Ayres construiu uma trajetória marcada pela medicina, pela pesquisa científica e pela vida pública. Formado em 1948 pela então Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, especializou-se em Pediatria e se tornou livre-docente em Pediatria e Puericultura.
Nos anos 1960, aprofundou os estudos em Genética na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o professor Francisco Salzano. De volta ao Pará, ajudou a fundar o Centro de Ciências Biológicas da UFPA, hoje Instituto de Ciências Biológicas (ICB), um dos polos de pesquisa mais importantes da região.
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Além da carreira acadêmica, Manuel Ayres ocupou cargos relevantes na administração pública. Foi secretário de Estado de Saúde entre 1975 e 1979, no governo de Aloysio Chaves, e posteriormente assumiu como conselheiro do TCE-PA, onde permaneceu até sua aposentadoria.
Reconhecido nacionalmente, publicou mais de 50 artigos científicos, criou o software BioEstat, utilizado em pesquisas biomédicas, e fundou o periódico “Raízes”. Sua atuação integrava medicina, ensino e inovação tecnológica.
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Em fevereiro deste ano, Ayres foi homenageado em cerimônia que celebrou seu centenário no Instituto de Ciências Médicas da UFPA, em Belém. O evento destacou sua contribuição para a formação de profissionais de saúde e para o fortalecimento da ciência na Amazônia.
O TCE-PA divulgou nota de pesar, ressaltando a relevância de sua atuação no controle externo e na vida pública. “Com uma trajetória dedicada à medicina, Manuel Ayres deixa um grande legado no serviço público e na educação”, disse a Corte.
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