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SAÚDE

Analgésicos podem trazer risco à saúde. Veja os cuidados!

Entenda como o uso excessivo de analgésicos pode agravar dores de cabeça e a importância de um tratamento adequado e consciente para dores crônicas.

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Imagem ilustrativa da notícia Analgésicos podem trazer risco à saúde. Veja os cuidados! camera A tentativa constante de aliviar a dor pode gerar um efeito rebote, contribuindo para o desenvolvimento de um quadro mais severo. | Celso Rodrigues/ Diário do Pará

Dores de cabeça fazem parte da rotina de muitos brasileiros e algumas vezes a solução parece estar ali, ao alcance da mão: um analgésico vendido sem necessidade de receita. Mas o uso frequente desse tipo de medicamento pode, na verdade, piorar o problema. A tentativa constante de aliviar a dor pode gerar um efeito rebote, contribuindo para o desenvolvimento de um quadro mais severo.

Segundo o médico neurologista Antônio de Matos, os analgésicos devem ser vistos como solução pontual e não como tratamento contínuo. “O analgésico é qualquer medicação que diminua ou passe a dor. É uma medicação que a gente chama de sintomática, não necessariamente trata a causa, mas diminui a sensação do paciente relacionada à percepção da dor”, explica.

“Nunca o melhor tratamento para dor vai ser o uso contínuo de analgésico”, já que esses medicamentos devem ser usados apenas em situações pontuais ou de emergência, pois, quando consumidos a médio e longo prazos, como em casos como enxaquecas e dores tensionais, podem mascarar a real causa do problema. “Você deixa de tratar a base da doença apenas por vezes tratando o sintoma que ela determina. Eles não são a escolha ou melhor caminho para o tratamento das dores de longa duração, que nós chamamos de dores crônicas”.

Dores frequentes são sinais de que algo mais profundo precisa ser investigado. “Elas podem ser uma doença parcialmente tratada ou necessitando otimização de tratamento. A gente precisa entender que existem dois grupos de remédios: os para tratar a crise e os para evitar que a crise aconteça”.

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USO

O uso repetido de medicamentos voltados para o alívio imediato da dor pode tornar o tratamento menos eficaz com o tempo, conforme o neurologista. Ele compara a situação ao tratamento da pressão alta, em que há remédios para prevenir e outros para controlar as crises. “Você utilizar de uma forma repetida remédios para crise de forma recorrente faz com que o seu corpo tenha uma tolerabilidade maior a eles, diminuindo o efeito deles na crise, talvez até tendo ausência de efeito”. Essa prática, além de reduzir a resposta do organismo à medicação, pode “fazer com que a dor fique crônica, fique de longo prazo, mais difícil de tratar”.

“Em alguns pacientes, quando a exposição a esses remédios é muito frequente e intensa, a gente pode chamar de dor de cabeça por abuso de analgésico. Em geral, só o fato de o paciente não tomar o remédio já pode levar ele a ter uma crise de dor”, expõe. “A automedicação nunca é uma opção”.

Entre os sinais de alarme estão dores que pioram com o esforço, associadas a alterações neurológicas, que não cedem com remédios como antes ou que vêm crescendo em intensidade. “Uma dor que no mês passado era nota três, esse mês é quatro e depois cinco ou seis, deve ser investigada. Pacientes com alguma imunossupressão, câncer ou outras condições também devem redobrar a atenção”.

Além dos medicamentos, o tratamento da dor inclui orientações sobre quando e como usá-los. “A conscientização sobre o tratamento da crise faz parte da primeira consulta. O paciente deve saber qual remédio usar para cada intensidade de dor, quando iniciar e quando evitar”.

Saiba mais

A boa notícia é que a maioria das dores de cabeça não está associada a doenças graves. “Mais de 80% das pessoas, quando sentem dor, não significa que seja um tumor ou um AVC. É apenas uma dor de cabeça, no sentido de não requerer diagnósticos mais graves. Mas, diante dos sinais de alarme, o ideal é buscar atendimento médico”. Entre as pessoas mais propensas à cefaleia por uso excessivo de analgésicos, estão as com transtornos ansiosos, depressivos ou comportamentos compulsivos. Embora as terapias naturais não substituam o tratamento medicamentoso, podem ajudar. “Existe uma certa evidência para o uso de compressas frias, meditação e técnicas de respiração”.

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