
Uma marcha em homenagem às mulheres negras latino-americanas e caribenhas foi realizada ontem, 25, saindo da Escadinha da Estação das Docas em direção ao Quilombo da República, nas proximidades da Praça da República, no bairro da Campina, em Belém.
O evento trouxe como tema: “Vidas Negras Amazônidas por Reparação e Bem Viver”. Flávia Ribeiro, coordenadora da marcha, ressalta que o bem viver é uma pauta importante diante dos desafios enfrentados cotidianamente pelas mulheres negras. “Com o bem viver, a gente está procurando um novo pacto social, com justiça e equidade para todos. A gente quer vida digna, quer ser ouvida. Essa não é uma data em que trazemos pautas pontuais. É uma data para falar de visibilidade, de resistência, e para celebrar a vida de mulheres negras”.
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Esta é a décima edição da Marcha das Mulheres Negras em Belém. O evento é organizado por diversas entidades e movimentos sociais que discutem questões relacionadas à negritude. A marcha é sempre realizada no dia 25 de julho, data que celebra a memória de Tereza de Benguela — líder quilombola que viveu no Brasil colonial, na região de Cuiabá, e se destacou por resistir a invasões e defender os direitos de pessoas negras escravizadas por mais de 20 anos.
A maioria das participantes é ligada a movimentos sociais. A mãe de santo Juci do Óia, 50 anos, conta que participa do evento desde a primeira edição, em 2016. “Eu tenho certeza de que é importante por conta do racismo que nós, mulheres, sofremos todos os dias. Então, esse dia é um dia de marcar a nossa caminhada, a nossa trajetória, as nossas conquistas e também a busca por novas conquistas, por políticas melhores para nós, por políticas que nos amparem”, afirma.
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