
Um relacionamento fictício, uma doença inventada e um golpe que durou cinco anos. Assim Cristina Araújo Lisboa, presa na última terça-feira (15), em Belém, por estelionato sentimental, é acusada novamente de ter enganado uma colega de trabalho e desviado quase R$ 1 milhão sob falsos pretextos.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, Cristina criou um perfil falso em uma plataforma de relacionamento, assumindo a identidade de um suposto magistrado. A vítima, também funcionária da Justiça Federal, compartilhava com Cristina as conversas com o “juiz”, sem saber que ela mesma era quem interpretava o personagem.
Com o passar do tempo, Cristina passou a afirmar que o falso juiz enfrentava um grave câncer na garganta, o que teria sensibilizado a vítima. A suspeita então começou a pedir ajuda financeira para cobrir despesas médicas, cirurgias e alimentação especial. Estima-se que a colega tenha transferido cerca de R$ 5 mil por mês, o que totaliza quase um milhão de reais diretamente na conta da estelionatária.
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O golpe foi descoberto no dia 10 de novembro de 2023, quando o ex-genro de Cristina encontrou mensagens suspeitas nos celulares da mulher e decidiu denunciar o caso à polícia. A investigação classificou o crime como fraude eletrônica e a vítima buscou ajuda após o colapso emocional provocado pela revelação do golpe.
Nova vítima perdeu R$ 70 mil em golpe semelhante
Além da colega de trabalho, outra mulher também caiu em um esquema semelhante. Cristina teria se apresentado como intermediária de um suposto namorado fictício, novamente criado por ela, que dizia ser servidor da Justiça Federal.
Dessa vez, a vítima, convencida de que estava em um relacionamento sério, fez transferências bancárias em euro após ouvir que o “namorado” enfrentava dificuldades financeiras. O prejuízo, nesse caso, foi de aproximadamente R$ 70 mil.
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Prisão em condomínio de luxo
A prisão de Cristina ocorreu na terça-feira (15) em um condomínio de alto padrão no bairro Batista Campos, área nobre de Belém. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no local, onde a suspeita morava.
Segundo as autoridades, Cristina apresentava os personagens fictícios como amigos ou colegas da Justiça Federal, o que aumentava a credibilidade dos golpes.
"A vítima acreditou e depositou vultuoso valor para a estelionatária", informou a Polícia Civil em nota. A investigação ainda busca apurar se há outros envolvidos ou vítimas dos esquemas de fraude.
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