
A Assembléia de Deus iniciou as celebrações pelos 114 anos de fundação da igreja com a tradicional reconstituição da chegada dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores da denominação em Belém. O evento ocorreu no último sábado, 14, e teve como tema “Sal da terra e luz do mundo”, trecho do Sermão da Montanha em que Jesus encoraja os apóstolos sobre a missão que devem exercer sobre o mundo. A cerimônia que reuniu mais de 30 mil pessoas começou na escadinha da Estação das Docas e contou com a presença da vice-governadora do Pará, Hana Ghassan.
Muitos fiéis compareceram vestidos com trajes do início do século XX, relembrando o momento simbólico da chegada de Vigren e Berg. O cortejo saiu em direção a avenida Presidente Vargas, com dois homens simulando os missionários. Segundo os registros históricos, eles receberam, por meio de uma profecia, o direcionamento de pregar o evangelho no Pará. Com poucos recursos e sem falar português, partiram de Nova York e chegaram a Belém em 19 de novembro de 1910. “De Belém, a Assembleia se espalhou para todo Brasil e é o maior fenômeno evangélico do mundo que nasceu aqui, neste lugar. Esse é o maior culto a céu aberto para reconstituir a chegada dos nossos pioneiros”, destacou o pastor Samuel Câmara, presidente da Assembleia de Deus, em Belém.
O trabalho dos missionários suecos se formalizou no dia 18 de junho de 1911 com a fundação da Missão da Fé Apostólica, que, sete anos depois, se tornaria oficialmente a Assembleia de Deus. Para o pastor do Templo Central da igreja, Philipe Câmara, a reconstituição da chegada é uma forma de contar a história às futuras gerações.
“A igreja marcha para frente, ela olha para frente, mas sem jamais esquecer das suas origens e essa é uma origem extremamente espiritual”, frisou. A Assembleia é a maior denominação pentecostal do planeta, com mais de 7 milhões de membros em 180 países. Apenas em Belém, são 550 templos e cerca de 155 mil fiéis.
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Hana Ghassan, anunciou a construção de um monumento com a escultura em tamanho real de Gunnar Vingren e Daniel Berg, nas proximidades da escadinha. “Se Deus permitir, no próximo ano, estaremos com as esculturas prontas, fazendo parte da história de Belém, do Pará e da Assembleia de Deus”. A novidade entusiasmou a fiel Mariluce Chaves, 53, que congrega em Belém e todos os anos acompanha a reconstituição. “É muita glória! Já pensou fazer parte dessa história em plena COP30? É uma bênção!”.
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