A Polícia Federal, em operação com Ibama, desativou três serrarias com funcionamento irregular nesta quarta-feira (09), no município de Nova Esperança do Piriá, no Pará. Segundo as investigações iniciadas em 2021, as empresas extraíam madeira na Terra Indígena Alto do Rio Guamá, realizavam o beneficiamento e vendiam, tudo de maneira irregular. A operação contou com o apoio do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros e da concessionária de energia que atua no estado.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra os possíveis responsáveis pelas serrarias. Eles já haviam cumprido medidas cautelares, inclusive prisão, por conta da suspeita. No cumprimento de um dos mandados, o alvo foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. A carabina artesanal, não registrada, foi apreendida e levada com o preso para autuação na Unidade da Polícia Civil em Nova Esperança do Piriá.
A operação teve objetivo de investigar serrarias que funcionam sem o Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais e exploram madeira extraída de território indígena.
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Foram inutilizadas as estruturas usadas no crime, para desestruturar essa prática e evitar a reincidência. Madeira em tora foi inutilizada e a beneficiada - cerca de 1.025 metros cúbicos - foi recolhida para doação. Duas pás carregadeiras foram apreendidas.
A madeira ilegal possivelmente é “esquentada” por meio de notas fiscais e documentos de Guia Florestal falsos, para dar ares de legalidade ao produto introduzido no mercado, o qual, em muitos casos, é destinado a grandes grupos e até a exportação. Os compradores identificados poderão responder por receptação qualificada.
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As serrarias fechadas furtavam luz da rede de energia elétrica, em um prejuízo mensal de quase R$ 100 mil. A estrutura da ligação irregular foi desmontada e os transformadores - que custam cerca de R$ 25 mil cada - recolhidos pela concessionária de energia Equatorial.
A área já havia sido alvo de outras operações da Polícia Federal em 2016 e 2020.
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