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Pará foi o que mais teve queda de mortes violentas em 2023

Dados do Anuário de Segurança Pública mostram redução absoluta nos crimes violentos, com o Estado também se destacando em outras ocorrências

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Imagem ilustrativa da notícia Pará foi o que mais teve queda de mortes violentas em 2023 camera Das cidades com maiores taxas de criminalidade, nenhuma está no Pará, informa o Anuário | ( Ricardo Amanajás)

O Estado do Pará continua se destacando nacionalmente na redução dos indicadores de Mortes Violentas Intencionais (MVI) entre os anos de 2023 e 2022, conforme apontado em um estudo apresentado na 18ª edição do Anuário de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os dados, divulgados nesta quinta-feira (18), indicam o Pará como líder no ranking de redução dos números absolutos e 4º lugar na variação da taxa por 100 mil habitantes.

Os crimes relacionados a MVIs abrangem delitos graves, como homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio. Além disso, as estatísticas também consideram os dados relacionados à atuação policial, incluindo a letalidade e mortalidade, levando em consideração os agentes de segurança envolvidos.

Segundo as análises, em 2023 o Pará registrou 2.662 casos de MVI contra 3.018 em 2022, com 356 casos a menos, colocando o estado paraense como destaque, a frente das unidades federativas (UFs) como Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Entre os dois anos, a variação da taxa por 100 mil habitantes é de 11,8%, colocando o Pará em quarto lugar no ranking nacional.

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Ainda segundo o estudo, o Pará ficou à frente da média nacional, que teve uma redução de 3,4% em suas taxas por 100 mil habitantes em 2023, em relação ao ano anterior. As análises reforçam o empenho do Sistema de Segurança Pública Estadual em combater a criminalidade para a manutenção da queda nos índices de criminalidade em todo o Estado, com ações efetivas e contínuas no enfrentamento ao crime

“Os dados são essenciais para avaliar a eficácia das políticas de segurança e das medidas preventivas e repressivas. O resultado positivo demonstra a eficácia das medidas adotadas e o impacto direto na proteção da população”, reforça o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública está em sua 18ª edição e analisa dados de anos anteriores ao ano da publicação. Nesta edição são comparados dados de 2023 em relação a 2022. O Pará chegou a ser o 8º estado do ranking entre os mais violentos do Brasil entre os anos de 2014 a 2017, segundo a edição especial do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2018, quando foi registrado aumento de 19,3% nas taxas de Mortes Violentas Intencionais ocorridas em 2017, comparadas com os resultados de 2014.

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Ainda no ano de 2017, 4.465 pessoas foram vítimas de MVI, com uma taxa de 53,4 por 100 mil habitantes, uma das maiores taxas do país. A taxa de latrocínio cresceu 19% entre 2014 e 2017 e os crimes de lesão corporal seguida de morte aumentaram 53,5% nesse intervalo entre 2014 e 2017.

No comparativo entre os anos de 2018 e 2023, o número de mortes violentas intencionais ocorridas no último ano do governo Jatene atingiu 4.720 vítimas. Já no ano passado essas vítimas somaram 2.662 mortes.

FORA DO RANKING

Outro dado que chama a atenção é o ranking de taxas de MVI dos municípios com mais de 100 mil habitantes. Das 10 cidades listadas com as maiores taxas, nenhuma está no Pará. O número de vítimas de homicídios dolosos no Estado teve queda de -9,8% e o número de ocorrências reduziu -9,2%. O Anuário registrou ainda queda de -28,7 nos números de latrocínio (roubo seguido de morte) e queda de -34,9 no número de ocorrências deste tipo de crime.

O registro de crime de lesão corporal seguida de morte caiu -28,1% no Estado, o mesmo ocorrendo com os registros de roubo de veículos (-29,1%) e de furtos de veículos (-28,3%). Os crimes de roubo e furto de celulares tiveram queda de -10,4%, lembrando que 78% deste tipo de crime ocorreu em vias públicas no Pará, onde o roubo a transeuntes também teve queda de -20,0%. (Com informações de Luiza Mello)

Estado é o primeiro em qualidade na informação criminal

O Pará ocupa a primeira posição no ranking entre os estados que apresentam maior qualidade nos dados criminais, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

O Pará conquistou a primeira colocação ficando à frente de outras federações, a exemplo do Piauí, Pernambuco, Ceará, Sergipe e Minas Gerais

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, destaca a relevância do estudo e a importância da confiabilidade dos dados para gerir e planejar, estrategicamente, as ações de segurança que apresentam resultados positivos no combate à criminalidade nos últimos seis anos.

“A análise e a interpretação dos dados de segurança pública são fundamentais para que possamos montar estratégias positivas na área de segurança. Inclusive, o que vem dando certo nos últimos seis anos é justamente um trabalho técnico, direcionado também, pelos dados e pela qualidade deles, que é um ponto fundamental”, disse o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará.

O Pará garantiu a primeira colocação atingindo a média máxima de 20 pontos na maioria dos critérios de avaliação utilizados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública para a análise dos dados, sendo eles: conceito, informações registradas, informações perdidas, convergência, e ainda, transparência.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública trabalha esses eixos principais como base dos critérios para avaliar a qualidade dos dados, onde o Pará atingiu no seu conjunto o melhor índice, como explica o titular da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), delegado André Costa.

“Dentre os critérios avaliados pelo Fórum conquistamos a nota máxima no eixo Conceito, o qual a nossa secretaria obedece à risca a portaria do Ministério da Justiça com relação aos indicadores de criminalidade apresentados, assim como, no eixo de Informações onde com a reestruturação da Siac conseguimos ter uma melhor leitura para a consolidação dos dados, ou seja, todos aqueles dados que não são colocados no Boletim de Ocorrência, nós realizamos as buscas através de outras pesquisas para incluir informações como: idade da vítima, gênero e dados do local. Com isso, completamos todas as informações mesmo que não estejam nos registros, desta forma, o nosso dado vai qualificado e consolidado”, ressalta André Costa.

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